O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo Lula esteja estudando impor taxas às grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos caso o presidente Donald Trump (Republicano) confirme a aplicação de tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados. A declaração foi feita nesta segunda-feira (10), após rumores sobre possíveis retaliações brasileiras.
Por meio de uma publicação na rede X, Haddad afirmou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “tomou a decisão sensata de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos”. O ministro acrescentou que aguardará “a orientação do presidente” antes de qualquer posicionamento oficial.
Para não deixar dúvida, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil. No mais, o governo brasileiro tomou a decisão sensata de só se manifestar oportunamente com base em decisões…
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) February 10, 2025
A possibilidade de taxar as big techs foi levantada em uma reportagem da Folha de S. Paulo, que sugeriu que essa medida poderia ser uma forma de o Brasil reagir à guerra comercial desencadeada por Trump sem impactar diretamente a indústria nacional.
Impacto das tarifas no Brasil
Os Estados Unidos são um dos principais mercados para ferro, aço e alumínio brasileiros. Em 2024, o país exportou US$ 6,37 bilhões desses produtos para os EUA, sendo US$ 6,10 bilhões referentes a ferro e aço e US$ 267 milhões a alumínio. Os dados foram levantados pelo portal Poder360, por meio do ‘Comex Stat’, sistema oficial de estatísticas comerciais do ‘Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços’ (Mdic).
O anúncio oficial sobre as tarifas deve ser feito ainda nesta segunda-feira (10) por Trump, e o governo brasileiro aguarda mais detalhes antes de definir qualquer resposta. E mais: Ministério Público se manifesta sobre condenação de Caiado. Clique AQUI para ver. (Foto: Ministério da Fazenda; Fonte: Poder360)