O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça-feira (10) que o governo vai adotar uma alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda para todas as aplicações financeiras.
A medida faz parte de um pacote que deve substituir o decreto anterior, que previa aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Atualmente, os investimentos seguem uma tabela regressiva, que varia entre 15% e 22,5%, dependendo do tempo em que o dinheiro permanece aplicado.
Com a mudança, a cobrança passa a ser padronizada. “A média já é 17,5%. Estamos fixando uma alíquota sobre todas as operações financeiras no mesmo patamar. Hoje vai de 15% a 22,5%”, explicou Haddad a jornalistas.
A proposta foi apresentada durante uma reunião com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta terça. Segundo o ministro, Lula considerou o plano positivo, tanto em relação ao conteúdo quanto à articulação com o Congresso.
Além da nova regra para investimentos, a equipe econômica também vai sugerir o aumento da tributação dos juros sobre capital próprio (JCP), que passará de 15% para 20%, caso a proposta seja aprovada pelo Legislativo.
No domingo (8), Haddad já havia se reunido com o presidente da Câmara, Hugo Motta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e outros líderes partidários para discutir o novo pacote. A previsão é que as medidas sejam oficialmente apresentadas ainda nesta semana.
As atuais alíquotas do IR para aplicações são as seguintes:
• Até 6 meses: 22,5%
• De 6 meses a 1 ano: 20%
• De 1 a 2 anos: 17,5%
• Acima de 2 anos: 15%
Caso a proposta avance no Congresso, essas faixas serão eliminadas, e todas as aplicações passarão a seguir o novo percentual único. E mais: Pix automático estreia em 16 de junho. Clique AQUI para ver. (Foto: Ministério da Fazenda; Fonte: CNN)
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