A greve dos funcionários dos Correios, iniciada em 7 de agosto de 2024, segue sem previsão de término, conforme informado pela Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT). De acordo com a entidade, cerca de 70% dos trabalhadores nos estados que aprovaram a paralisação aderiram ao movimento.
Por outro lado, os Correios afirmam que aproximadamente 92% de seus empregados estão em atividade, com todas as agências em funcionamento e as entregas sendo realizadas. A empresa também informou que está adotando medidas como remanejamento de funcionários e horas extras para minimizar os impactos da greve. No entanto, clientes relataram atrasos nas entregas, sendo informados que a greve é a causa do problema.
O movimento grevista ocorre em meio às negociações da campanha salarial 2024/2025. Os trabalhadores exigem, entre outras reivindicações, a redução dos custos do plano de saúde, reajuste salarial imediato e linear, melhorias nos benefícios, reajuste para funções motorizadas e a realização de um novo concurso público.
A proposta inicial dos Correios, que foi rejeitada pelos servidores, incluía um aumento de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025 e um reajuste de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024. A empresa também sugeriu um aumento de 20% na remuneração para os empregados em funções “motorizadas”, como motociclistas e motoristas.
Em relação ao plano de saúde, uma das principais queixas dos trabalhadores, a empresa propôs a redução da coparticipação dos funcionários de 30% para 15%, com implementação prevista para o próximo mês, após as adaptações necessárias às normas vigentes.
“A insatisfação dos trabalhadores é evidente e se reflete na rejeição unânime à proposta da ECT. A proposta da empresa não prevê reajuste salarial imediato, adiando-o para janeiro de 2025, e ignora a recuperação dos benefícios retirados nos últimos anos. Outro ponto crítico é o plano de saúde, que consome mais de 30% dos salários dos trabalhadores, comprometendo sua qualidade de vida”, afirmou a FINDECT em nota.
Em busca de uma solução, o sindicato entregou um documento ao Ministro do Trabalho e Emprego na última segunda-feira, 12 de agosto, solicitando apoio na mediação das negociações coletivas com a direção dos Correios. Enquanto o impasse persiste, a greve continua a impactar o serviço postal em várias regiões do país. E mais: Cielo deixa Bolsa após 15 anos. Clique AQUI para ver.
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