Funcionários do Banco do Brasil (BB) em alguns estados deram início a uma greve de duração indefinida nesta segunda-feira (16/9). De acordo com levantamento feito pelo portal Metrópoles, trabalhadores do BB na Paraíba, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará aderiram ao movimento. A reportagem é do portal Metrópoles.
A principal queixa dos servidores grevistas é a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que abrange o período de agosto de 2024 a agosto de 2026. A proposta foi aceita após 10 rodadas de negociação, resultando em um acordo válido por dois anos. No entanto, os grevistas consideram os percentuais de aumento insuficientes e afirmam que seus salários continuarão defasados.
O acordo assinado pelos bancários inclui a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, garantindo um reajuste de 4,64% em 2024, o que representa um aumento real de 0,90% nos salários, além de benefícios como vale-alimentação (VA), vale-refeição (VR) e participação nos lucros e resultados (PLR). Para 2025, o reajuste será de 0,6% acima da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), estendido a todos os benefícios.
Apesar do acordo, os servidores que aderiram à greve criticam os percentuais propostos e destacam que a categoria continuará a enfrentar perdas salariais nos próximos anos. Fernanda Lopes, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), afirmou que a luta por melhores condições continuará: “A negociação não se encerra aqui. Seguiremos juntos na luta permanente por melhores condições de trabalho, direitos e valorização do funcionalismo do Banco do Brasil.”, disse, conforme reportagem do Metrópoles.
Entre os itens negociados, o Banco do Brasil comprometeu-se a resolver até julho de 2025 as questões ligadas à saúde e previdência dos funcionários oriundos de bancos incorporados. Também foi acertado o retorno dos vigilantes em todas as unidades de varejo, com ou sem numerário, a partir de setembro deste ano.
Outras melhorias discutidas no acordo incluem o aumento das verbas para viagens de serviço, com uma revisão a cada dois anos, e a redução de duas horas na jornada de trabalho para funcionários que são pais ou responsáveis por pessoas com deficiência (PCD) que cumprem jornada de oito horas diárias, ou uma hora para aqueles com jornada de seis horas.
O Banco do Brasil informou que faz parte da mesa de negociações da Fenaban, onde são discutidas as questões gerais da categoria bancária, além de uma mesa específica para tratar de questões do funcionalismo do BB. Em nota, o banco destacou que a proposta foi aprovada em diversas assembleias por todo o país, mas ainda está sendo avaliada em algumas regiões.
Durante a greve, os clientes do BB podem utilizar alternativas de atendimento, como o aplicativo do banco, Internet Banking, correspondentes bancários e a Central de Relacionamento por telefone. E mais: Banco Central vê rombo nas contas R$ 40 bilhões maior que a Fazenda. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Metrópoles)