Diante de dois acidentes com balões em menos de sete dias — que resultaram em nove mortes —, o governo federal anunciou que iniciará nos próximos dias uma discussão com entidades do setor para regulamentar a prática do balonismo no país. A informação é do jornal O Globo.
De acordo com a reportagem, a intenção é criar normas específicas que garantam mais segurança em voos turísticos e estimulem o desenvolvimento responsável da atividade.
Atualmente, os balões utilizados para esse tipo de turismo não possuem certificação formal e tampouco garantias de aeronavegabilidade.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o balonismo é classificado como uma prática desportiva de alto risco, “realizada por conta e risco dos envolvidos”. Por isso, o Ministério do Turismo defende a criação de uma regulamentação “específica e clara para a operação de voos de balão em atividades turísticas, visando garantir a segurança dos praticantes e impulsionar o desenvolvimento desse segmento no Brasil”, conforme a reportagem.
Em Praia Grande (SC), onde ocorreu o mais recente acidente, o balonismo é uma das principais atividades econômicas, com média de 600 voos mensais. Por conta da tragédia ocorrida no último sábado (21), a prática foi suspensa temporariamente.
Em entrevista à NSC TV, o secretário municipal de Turismo, Henrique Maciel, destacou a importância do setor: “Isso faz com que a nossa cidade realmente tenha uma economia muito forte em cima dos voos turísticos”, disse. Ele afirmou ainda que Praia Grande está entre os cinco principais destinos do mundo para passeios turísticos de balão, sendo o mais relevante da América do Sul.
A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para uma falha em um maçarico reserva como causa provável do incêndio. O episódio se soma a outro acidente fatal ocorrido no domingo anterior, em Capela do Alto (SP), onde uma jovem de 27 anos morreu durante um voo com 35 pessoas a bordo. O piloto foi preso. (Foto: PixaBay; Fonte: O Globo)
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