Governo Maduro prende mais um opositor na Venezuela

direitaonline

O governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, confirmou nesta sexta-feira (23) a detenção de Juan Pablo Guanipa, um dos principais nomes da oposição e aliado direto da líder María Corina Machado. Ele é acusado pelas autoridades chavistas de envolvimento com ações criminosas.

A captura de Guanipa foi exibida pela emissora estatal de televisão, em uma transmissão conduzida pelo ministro do Interior e número dois do chavismo, Diosdado Cabello. No vídeo, o opositor aparece sendo algemado e escoltado por agentes fortemente armados da Polícia Nacional Bolivariana.

Pouco após a prisão, as redes sociais do político divulgaram um vídeo e uma carta previamente preparados para essa eventualidade. Em sua publicação, ele afirmou:

“A partir de hoje, eu sou parte da lista de venezuelanos sequestrados pela ditadura. Por meses, eu, como vários venezuelanos, estou na clandestinidade para manter minha segurança. Infelizmente, meu tempo de resguardo chegou ao seu fim.”

O regime afirma que Guanipa seria o líder de uma célula terrorista, que teria como meta desestabilizar o país e impedir a realização das eleições estaduais e legislativas marcadas para o próximo domingo (25).

Cabello classificou a prisão como uma vitória do governo: “Gratificante” e “saudável” para o país, disse, acrescentando que as forças de segurança continuavam realizando ações para neutralizar grupos subversivos.

Pelas redes sociais, María Corina Machado repudiou a detenção de seu aliado e denunciou um aumento da repressão por parte do governo: “Sequestro de Juan Pablo Guanipa e de mais de 50 líderes políticos, sociais, defensores de direitos humanos, jornalistas e ativistas.”

Ela qualificou as prisões como parte de um “ataque feroz em todo o país”. Além de Guanipa, um cidadão alemão também foi detido nesta sexta, segundo o governo venezuelano. O ministro informou que entre os estrangeiros presos nos últimos dias estão ainda um argentino, um espanhol, um paquistanês e um servo.

Na última segunda-feira, o regime já havia anunciado a prisão de 38 pessoas, das quais 17 são estrangeiras. De acordo com a ONG Foro Penal, atualmente há 79 estrangeiros detidos por razões políticas na Venezuela.

A escalada repressiva ocorre em um momento-chave do calendário eleitoral e aumenta a tensão política no país, com denúncias internas e internacionais sobre perseguição sistemática a opositores. E mais: Atual chefe da Marinha diz que antecessor não orientou dificultar posse de Lula. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: CNN)

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