Os ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda anunciaram nessa sexta-feira (22) um aumento no bloqueio do orçamento federal, que passou de R$ 13,3 bilhões, registrado no 4º bimestre, para R$ 19,3 bilhões no 5º bimestre. O crescimento de R$ 6 bilhões no congelamento reflete a elevação das despesas previstas para o período.
Apesar do aumento no bloqueio, não houve contingenciamento de recursos devido à frustração de receitas. Neste ano, o governo chegou a contingenciar R$ 3,8 bilhões, mas essa medida foi revertida em setembro.
O relatório também revisou para cima a estimativa de déficit primário para 2024, passando de R$ 28,349 bilhões para R$ 28,737 bilhões. A meta do governo para o resultado primário deste ano é um saldo neutro, equivalente a 0% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme determina o novo arcabouço fiscal, que permite uma margem de tolerância de até 0,25 ponto percentual.
Projeções de receitas e despesas
A previsão para as receitas primárias totais da União em 2024 foi ajustada de R$ 2,700 trilhões para R$ 2,698 trilhões, enquanto a receita líquida, já descontadas as transferências para estados e municípios, caiu de R$ 2,173 trilhões para R$ 2,169 trilhões.
Por outro lado, as despesas primárias totais foram revisadas de R$ 2,242 trilhões para R$ 2,234 trilhões. Nesse contexto, os gastos obrigatórios permaneceram em R$ 2,043 trilhões, enquanto as despesas discricionárias foram reduzidas de R$ 198,4 bilhões para R$ 191,1 bilhões.
Impactos ainda serão detalhados
Conforme o procedimento padrão, o governo primeiro define o valor total do bloqueio e, em seguida, distribui o impacto entre as áreas afetadas. Uma entrevista coletiva será realizada na próxima semana para apresentar os efeitos macroeconômicos do aumento no congelamento.
O detalhamento dos impactos específicos em cada ministério será divulgado no final do mês, por meio de um decreto publicado no Diário Oficial. E mais: Leonardo DiCaprio é criticado por ignorar homenagem de fãs em hotel em Fiji. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: CNN)