Após pressão de bancos, Governo admite rever alta do IOF

direitaonline

Após críticas contundentes vindas do Congresso e do setor financeiro, o Ministério da Fazenda sinalizou que pode rever a decisão de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Nesta quarta-feira, o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, afirmou que a equipe econômica irá “se debruçar sobre alternativas” à medida, que prevê arrecadação de cerca de R$ 20 bilhões.

O anúncio inicial do decreto, feito na semana passada, provocou forte reação no mercado. Com as incertezas reforçadas pelas novas declarações de Durigan, o dólar disparou: por volta das 13h20, a moeda norte-americana subia 1,26% e ultrapassava os R$ 5,70.

As declarações do secretário ocorreram após uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, membros da equipe econômica e representantes dos principais bancos privados, conduzidos pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

“Vamos nos debruçar sobre as alternativas. As alternativas que estão colocadas na mesa, tanto pela Febraban quanto pela minha própria equipe no ministério, para que a gente faça uma avaliação cuidadosa, séria, mas faça uma avaliação do que é melhor para o país neste momento — declarou Durigan. Ele também reforçou que o governo tem mantido diálogo com diferentes setores”.

“A gente está sempre aberto a discutir. Temos feito várias conversas, com vários setores e interessados dentre do governo. Hoje a Febraban nos traz o impacto das medidas no setor, de maneira legítima, bem racional, e detalhada”, completou.

Durante o encontro, o presidente da Febraban classificou como “severo” o efeito que o aumento do IOF teria sobre o crédito, especialmente para pequenos negócios. Segundo ele, operações de curto prazo poderiam ter um aumento expressivo no custo.

“Em operações de curto prazo, o custo efetivo total pode subir de 14,5% para até 40% ao ano. Em termos de taxa de juros, o impacto pode variar entre 3 e 8 pontos percentuais”, explicou.

Embora reconheça a importância do ajuste fiscal, o setor financeiro considera inadequado o caminho adotado pelo governo. “Estamos diante de uma situação em que o país precisa de finanças públicas equilibradas, e o setor entende isso. Mas acreditamos que esse equilíbrio não deve vir de aumento de impostos — sobretudo regulatórios, como o IOF, afirmou Sidney.

Ainda de acordo com o presidente da entidade, a Febraban apresentou sugestões para gerar receitas e reduzir despesas públicas, que ainda serão debatidas em reuniões técnicas com a equipe da Fazenda. No entanto, os detalhes das propostas não foram revelados. E mais: Eduardo Bolsonaro se manifesta sobre possível punição dos EUA a Moraes e deixa recado. Clique AQUI para ver. (Foto: Ministério da Fazenda; Fonte: O Globo)

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Lula diz que ‘não se governa com a cabeça’ para cuidar dos mais pobres

Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (28), no município de Salgueiro (PE), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, para atender a população mais vulnerável no Brasil, é preciso governar com empatia, e não apenas com racionalidade. Durante o evento, ele assinou a ordem de serviço para aumentar a capacidade […]