A Gol divulgou um prejuízo líquido de R$ 135 milhões em janeiro, conforme registrado em seu relatório operacional mensal, apresentado ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos. Esses números, que ainda são preliminares e não foram revisados por auditores, são parte do processo de recuperação judicial da companhia aérea.
Além do prejuízo, a empresa reportou uma dívida líquida de R$ 20,21 bilhões no primeiro mês deste ano. No entanto, o caixa e equivalente de caixa, que inclui aplicações financeiras de curto prazo e alta liquidez, somavam R$ 2,151 bilhões, enquanto as contas a receber totalizavam R$ 1,052 bilhão.
O relatório também revelou que o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) atingiu R$ 682 milhões em janeiro, com uma margem de 34%, e a receita líquida alcançou R$ 1,982 bilhão.
A Gol entrou com o pedido de recuperação judicial no Tribunal de Falências de Nova York em 25 de janeiro, sob o “Capítulo 11” da lei americana de falências. Esse processo, semelhante à recuperação judicial no Brasil, permite que a empresa reestruture suas finanças enquanto continua operando.
Para sustentar suas operações durante esse período, a empresa contará com um aporte de US$ 950 milhões, proveniente de acionistas da Abra, a holding controladora da Gol e da colombiana Avianca. Esse investimento, combinado com o caixa gerado pelas atividades regulares da Gol, proporcionará liquidez substancial para apoiar suas operações continuadas.
O aporte de quase US$ 1 bilhão segue o modelo de “debtor in possession” (DIP), um tipo de financiamento destinado a empresas em recuperação judicial. E mais: STF mantém prisão de suspeitos por morte de Marielle Franco. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação; Fonte: Metrópoles)