Em pronunciamento nesta terça-feira (20), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu a proposta de emenda à Constituição que acaba com a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos, mas criticou possíveis alterações na PEC 12/2022, de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Ao longo dos anos, disse Girão, a reeleição trouxe muitos mais prejuízos do que benefícios, sendo claramente prejudicial ao equilíbrio das instituições democráticas.
Não são raros os casos de mandatários que, em vez de governarem para o povo, o fazem pensando apenas em sua reeleição, disse o senador.
Entre as alterações no texto da PEC, ele criticou a ampliação do tempo dos mandatos de senadores. Pelo texto alternativo apresentado pelo relator, Marcelo Castro (MDB-PI), deputados federais, estaduais e distritais, e vereadores passariam a ter cinco anos, em vez dos quatro atuais. Girão disse concordar com essa alteração, mas não com a de senadores, que teriam mandatos de dez anos, em vez de oito, como é hoje.
“Essa proposição não pode prosperar. Mandato de dez anos, certamente, é repudiado por toda a população. O Brasil seria o único caso do planeta com mandato de dez anos. Então, é quase como advogar em causa própria mesmo. A gente não pode aceitar isso vindo do Senado”, afirmou.
Eduardo Girão adiantou que apresentará emenda na CCJ, a qual prevê eleições unificadas já a partir de 2030, com o fim da reeleição.
“Para cumprir essa transição, basta que o mandato de senador seja de cinco anos, e não de dez, como estão querendo colocar. Ou seja, será de cinco anos a duração de todos os demais cargos, de vereador a presidente da República. Sua execução é muito simples. Os senadores eleitos em 2026 ainda teriam mandato de nove anos para se encerrar em 2035, coincidindo com os eleitos na primeira eleição unificada de 2030. A partir daí, todos os mandatos passam a ser de cinco anos na República Federativa do Brasil”, detalhou.
Eduardo Girão também defendeu a redução do número de deputados e senadores, “em sintonia com a vontade majoritária da sociedade brasileira”. Com isso, afirmou, “seria também reduzido o indecente fundo eleitoral, numa economia de bilhões de reais a cada eleição”. E mais: Ex-comandante da FAB no governo Bolsonaro é único depoente hoje no STF. Clique AQUI para ver. (Fonte e foto: Ag. Senado)