Alexandre de Moraes determinou a prisão do empresário Milton Baldin, que convocou CACs e caminhoneiros para protestos em Brasília com base em um pedido do delegado Andrei Passos Rodrigues. As informações são da Folha de São Paulo.
“O policial é coordenador da equipe de segurança do presidente eleito Lula (PT), um dos cotados para ser o diretor-geral da Polícia Federal e não atua em nenhum dos casos relatados pelo ministro”, diz a reportagem.
O chefe da segurança do petista relatou ao ministro sobre o discurso de Baldin. O documento final trazia o pedido de prisão. “Segundo a Folha de S.Paulo apurou, Andrei Rodrigues cita sua condição de coordenador da segurança e aponta para a necessidade de garantir a segurança do presidente eleito”.
Após a decisão do Ministro do STF, a ordem de prisão foi cumprida por uma equipe da Coordenação de Inquéritos Especiais, setor localizado na sede da PF onde tramitam casos que tramitam no STF.
Rodrigues, que coordena a equipe da PF, ganhou confiança de Lula (PT) e hoje atua ainda em dois grupos da transição: o de inteligência e o de segurança pública. Segundo a reportagem da Folha, discutem mudanças polêmicas, como a retirada da segurança presidencial e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) do guarda-chuva do GSI, antiga Casa Militar.
A prisão
A Polícia Federal prendeu, nessa terça-feira (6) à noite, o empresário do Mato Grosso Milton Baldin, que participava de ato próximo ao Comando Militar de Brasília. A ordem de prisão foi dada pelo Ministro do STF Alexandre de Moraes após pedido da PF.
No local há mais de 20 dias, Baldin discursou em 26 de novembro aos presentes convocando CACs e caminhoneiros: “Gostaria de pedir a ao agronegócio, a todos os empresários que deem férias a todos os caminhoneiros, que mande os caminhoneiros virem a Brasília. É só 15 dias, não vai fazer diferença”, iniciou assim sua fala.
“E queria também pedir aos CACs, aos atiradores que têm armas legais, são 900 mil, venham aqui mostrar presença. Assim, se nós perdermos essa batalha, o que vocês acham que vai acontecer dia 19 (de dezembro). Vão entregar as armas. Ai, o que vão falar? “Perdeu, mané”! E como nós vamos nos defender a nossa propriedade e a nossa família. Deus, tende misericórdia da nação brasileira”, encerrou.
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