O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) negou, nessa segunda-feira (6), que tenha discutido qualquer tipo de sanção contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) durante reunião com um representante do governo dos Estados Unidos. A declaração contraria a versão divulgada por seu irmão, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de que o encontro teria como foco medidas contra o magistrado.
Segundo Flávio, a conversa com Ricardo Pita — conselheiro sênior para assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado — foi marcada a pedido dele, enquanto presidente da Comissão de Segurança do Senado.
“Eu, na qualidade de presidente da Comissão de Segurança do Senado, havia pedido já há alguns dias, via embaixada, uma reunião aqui no Brasil com alguma autoridade do governo americano para que a gente pudesse tratar dessa pauta de segurança pública. Então, o assunto aqui não tem nada a ver com sanções, com relação a quem quer que seja, como foi tratado aí por parte da imprensa”, disse o senador após o término do encontro.
A declaração ocorre após Eduardo divulgar em suas redes sociais que a visita de representantes americanos tinha o objetivo de discutir “potenciais punições contra o ministro Alexandre de Moraes”.
O deputado chegou a dizer que o enviado seria David Gamble, do setor de sanções do Departamento de Estado, e que ele teria reuniões com Flávio e Jair Bolsonaro.
A embaixada dos EUA no Brasil, no entanto, informou que a viagem se destinava a “reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais” e ao debate de políticas de combate ao tráfico e ao terrorismo.
Eduardo Bolsonaro, por sua vez, minimizou o posicionamento da representação americana, afirmando que ainda se trata de pessoal ligado à administração Biden: “Os Estados Unidos já enviaram um novo embaixador para o Brasil? Não. Então, morreu já por aqui essa história”, declarou ao canal Programa 4 por 4. E mais: PF faz nova operação contra fraudes do INSS, agora em MG. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Senado; Fonte: Exame)