Flávio Bolsonaro afirma que ‘alexandrismo’ envergonha os brasileiros

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou duramente a decisão de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de condenar a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, a 14 anos de prisão por sua participação nos atos de 8 de Janeiro. Em postagem no X, neste sábado (22), Flávio afirmou que o “Alexandrismo” envergonha o STF internacionalmente.

Débora foi sentenciada por escrever, com batom, a frase “perdeu, mané” – em referência a uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso em 2022 – na estátua “A Justiça”, localizada em frente ao STF. Moraes determinou que ela cumpra 12 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, além de 1 ano e 6 meses de detenção, que deve ser cumprido em regime semiaberto ou aberto.

Flávio Bolsonaro voltou a criticar a decisão em outra publicação. “O ‘Alexandrismo’ faz mal à democracia e joga todo o STF contra o povo! Primeiro caso de Juizado Especial com condenação de 14 anos de reclusão e multa de R$ 30 milhões. Uma decisão que ENVERGONHA qualquer juiz no mundo”, escreveu.

O senador também comparou a sentença com penas aplicadas a criminosos violentos. “Não se pode dizer que as coisas estão normais no Brasil. Enquanto traficantes que usam fuzis estão soltos ou pegam penas brandas, uma mulher que sujou uma estátua com um batom sofre esse tipo de punição. Isso não é coisa de país democrático”, disse.

Débora foi condenada com base nas acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR), que incluem crimes como associação criminosa armada, golpe de Estado e dano qualificado.

Segundo Moraes, imagens divulgadas pela imprensa demonstram a “ativa contribuição” da cabeleireira nos atos que buscavam “abolir o Estado Democrático de Direito e depor o governo legitimamente constituído”.

A defesa da ré argumenta que não há provas de que ela tenha invadido as sedes dos Três Poderes e que as imagens disponíveis mostram sua presença apenas na Praça dos Três Poderes. Com base nisso, os advogados pediram a rejeição da denúncia, sustentando que não havia elementos que comprovassem a autoria dos crimes atribuídos a ela.

 

 

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