Filipe G. Martins, ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou à CNN através de sua defesa que é um “preso político”.
Sobre a nova decisão de Alexandre de Moraes, que negou sua soltura, ele afirmou: “Após 100 dias, não me surpreende. Essa manutenção (da prisão) apenas explicita ainda mais algo que, para mim e para minha defesa, já estava claro desde o início: as razões de minha prisão não foram jurídicas, mas sim políticas. Sou um preso político. Caso o devido processo legal estivesse sendo observado, eu sequer teria sido preso, muito menos continuaria preso por tantos dias, mesmo com tantas provas favoráveis à minha soltura.”
Martins está detido desde 8 de fevereiro, sendo alvo da ‘Operação Tempus Veritatis’, que investiga uma suposta tentativa de ‘golpe de Estado’.
Acontece que a prisão baseou-se na alegação de que ele teria saído do Brasil a bordo de um avião presidencial em 30 de dezembro de 2022, junto ao então presidente Jair Bolsonaro.
A ‘Procuradoria-Geral da República’ já se manifestou favorável à soltura de Filipe em 1º de março de 2024. No último pedido, em 23 de abril, a defesa apresentou um novo elemento para provar que ele não deixou o país no avião presidencial que partiu de Brasília rumo aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022.
A defesa recebeu uma resposta do ‘U.S. Customs and Border Protection, do Department of Homeland Security’, confirmando que não havia registro de entrada de Martins em Orlando na data de 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro e sua comitiva chegaram ao país.
Conforme o órgão americano, a última entrada de Martins nos EUA ocorreu em setembro de 2022, por Nova York.
Além desse documento, a defesa incluiu argumentos de pedidos anteriores para comprovar que Martins não viajou com Bolsonaro em 30 de dezembro.
Um dos documentos é a lista de passageiros do voo, obtida via Lei de Acesso à Informação junto ao Gabinete de Segurança Institucional em 2023, na qual o nome de Martins não aparece. Além disso, foram protocoladas fotografias e até pedidos de Ifood. E mais: Tragédia no RS: Governo Lula faz 1º importação de arroz na terça (21). Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: CNN)
