Bolsa deve ter onda de fechamentos de capital em 2025

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Há previsão de que o mercado brasileiro enfrente mais fechamentos de capital por meio de OPAs (ofertas públicas de aquisição de ações) em 2025, com pelo menos seis empresas projetadas para abandonar a Bolsa de Valores, segundo estimativas de analistas financeiros.

Em contrapartida, nenhuma nova abertura de capital é aguardada, consolidando o quarto ano consecutivo de redução no total de companhias listadas na B3.



De acordo com especialistas, diversos elementos estão impulsionando essa tendência de saída do mercado acionário. O fator mais determinante é a desvalorização das ações, reflexo de um cenário econômico desafiador.

Em 2024, o Ibovespa registrou uma queda de 10,4%, enquanto em 2025, até o momento, acumula uma alta modesta de 1,87%.



A entrada na Bolsa é uma estratégia comum para empresas captarem recursos. Ao negociar seus papéis com investidores, elas direcionam parte do montante arrecadado para investimentos que impulsionam sua expansão. Os lucros gerados são então compartilhados com os acionistas, que recebem retorno por meio de dividendos ou da valorização dos ativos. Historicamente, períodos de redução da taxa Selic foram marcados por um boom de IPOs.



Em 2007, foram 64 IPOs, enquanto a taxa de juros havia saído de 19,75% para 11,25%. Outro exemplo foi 2021, com 45 estreias na Bolsa, quando a Selic começou o ano em 2%, o menor patamar já registrado.

Por outro lado, desde 2004, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) processou 147 cancelamentos de registro, contra 245 IPOs na B3 no mesmo período.



O último IPO ocorreu em 2021, com a Vittia, empresa do ramo de fertilizantes. Nos últimos dez anos, o saldo entre entradas e saídas diminuiu: entre 2015 e 2024, houve 94 IPOs e 62 OPAs — excluindo operações relacionadas a aumento de participação, vendas de controle ou fusões.

Em contextos de juros elevados, os investidores tendem a migrar para a renda fixa, considerada mais segura e rentável. Além disso, taxas altas encarecem o financiamento das empresas, reduzindo suas margens de lucro.



Com ações negociadas abaixo de seu valor justo — calculado com base no patrimônio e nas projeções de desempenho —, torna-se vantajoso para os controladores ou terceiros recomprarem os papéis e encerrarem a presença na Bolsa.

Para acionistas estrangeiros, a desvalorização do real adiciona um incentivo extra, barateando a aquisição das ações em moeda local. Um exemplo é o Carrefour, que planeja fechar seu capital no Brasil e centralizar suas operações de mercado na matriz na França.



“Com a queda no valor das ações, muitas delas acabam com um valor de mercado abaixo da sua precificação real, considerando seu patrimônio e projeção de resultados”, explicam os especialistas. Esse cenário reforça a onda de saídas da B3 em 2025. E mais: ‘Ainda Estou Aqui’ vence Oscar de ‘melhor filme estrangeiro’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução; Fonte: Folha de SP)



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