Ministro de Lula avisa que pode deixar governo

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O titular da pasta da Agricultura, Carlos Fávaro, teria avisado ao Palácio do Planalto que deixaria o cargo, caso o governo Lula opte por medidas que ele considera extremas, segundo informações da CNN Brasil.

A reportagem revela que Fávaro teria confidenciado a aliados que não pretende permanecer em uma gestão que aplique tributos às exportações do agronegócio.



Ele destacou a auxiliares que há um movimento crescente, tanto dentro do PT quanto entre deputados do partido no Congresso, para instituir impostos ou cotas sobre produtos como carnes e outros itens alimentícios enviados ao exterior.

Uma matéria da Folha de S.Paulo também informou que setores do PT têm pressionado, internamente e no governo, por soluções pouco usuais para conter a alta dos preços dos alimentos, incluindo a taxação temporária das vendas externas do setor agrícola.



Para esses petistas, essa seria a alternativa mais eficaz para baixar os custos de forma rápida e contínua, um problema que tem tirado o sono de Lula.

Acontece que Lula vem exigindo respostas de sua equipe, organizando encontros e concentrando esforços na questão.



Enquanto isso, Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e integrante do PT, evitou confirmar discussões oficiais sobre o tema, mas garantiu que a ideia “não tem chance de prosperar”. “O presidente Lula deixou claro que não vai tomar medidas heterodoxas”, declarou ele.

A escalada dos preços dos alimentos já havia sido discutida no início do ano na Casa Civil e no Palácio do Planalto, mas o tema voltou à tona com força após a interrupção de créditos subsidiados do Plano Safra.



A possibilidade de taxação também despertou reações negativas. O deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, emitiu uma nota nesta quarta-feira (26) reprovando a iniciativa.

“O governo federal mais uma vez demonstra sua total incapacidade de compreender a realidade do setor produtivo brasileiro ao propor a taxação das exportações agrícolas como suposta solução para o controle do preço dos alimentos. Essa medida desastrosa, além de penalizar diretamente os produtores rurais, ameaça a competitividade do agronegócio nacional e coloca em risco a geração de empregos e o crescimento econômico do país”, afirmou.



Zucco argumentou que o plano não só falharia em reduzir os preços internamente, mas poderia desencadear problemas como cortes em investimentos, desânimo na produção e até escassez de itens, elevando a inflação.

Ele enfatizou o papel do agronegócio como alicerce da economia brasileira, essencial para o saldo comercial e a solidez financeira do país.



“Qualquer tentativa de enfraquecer esse setor essencial apenas comprova a inaptidão do governo em adotar políticas econômicas responsáveis e sustentáveis”, criticou. A proposta ainda passará por consultas com o setor privado e debates no Congresso, onde já encontra oposição de parlamentares alinhados ao agro. E mais: Comissão do Congresso americano aprova Lei contra Moraes, e Casa Branca faz alerta ao Brasil. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: CNN; Folha de SP)



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