O mercado financeiro brasileiro reagiu nesta segunda-feira (10.mar.2025) às recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O dólar comercial fechou em alta de 1,06%, cotado a R$ 5,85, enquanto o Ibovespa recuou 0,41%, encerrando o pregão aos 124.519 pontos.
As incertezas surgiram após Trump, em entrevista à Fox Business no domingo (9), não descartar uma possível recessão nos EUA. “Eu odeio prever coisas assim. Há um período de transição, porque o que estamos fazendo [impondo tarifas] é muito grande. Estamos trazendo riqueza de volta para os EUA. Isso é algo grande. […] Leva um tempinho, mas acho que deve ser ótimo para nós”, afirmou. Clique AQUI para assistir (em inglês).
O presidente norte-americano também indicou que poderá elevar as tarifas comerciais sobre o México e o Canadá, o que pode pressionar a inflação no país e levar o Federal Reserve (banco central dos EUA) a manter uma postura mais cautelosa na política monetária. Atualmente, os juros estão entre 4,25% e 4,50%, após uma pausa no ciclo de cortes em janeiro. A próxima reunião do Fed está marcada para os dias 18 e 19 de março.
Impacto no Brasil
As declarações de Trump impulsionaram um movimento global de aversão ao risco, com investidores migrando para ativos mais seguros, como o dólar e títulos do Tesouro dos EUA. O reflexo no Brasil foi imediato: a estimativa para a inflação de 2025 subiu de 5,65% para 5,68%, segundo o Boletim Focus. O índice continua acima da meta de 3% e do teto permitido de 4,5%.
Após a primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) deste ano, o Banco Central já havia sinalizado que poderá descumprir a meta de inflação em junho.
No pregão desta segunda-feira, o dólar oscilou entre R$ 5,77 e R$ 5,87, enquanto o Ibovespa variou de 123.471 a 125.031 pontos. Nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam em baixa diante das incertezas econômicas. E mais: Polícia descarta envolvimento do pai de Vitória no crime. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Poder360)
