O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, 69 anos, e o empresário Luis Alfeu Alves de Mendonça, 71, foram condenados por corrupção e lavagem de dinheiro em uma ação penal ligada à Operação Lava Jato. A reportagem é da Folha de SP.
A decisão foi proferida no dia 14 de abril pelo juiz federal substituto Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Ainda cabe recurso.
Segundo o Ministério Público Federal, entre 2011 e 2012, Mendonça teria pago mais de R$ 5,6 milhões em propina a Duque para favorecer a empresa Multitek Engenharia em contratos com a estatal. A companhia atuava no setor de rolamentos industriais, e os contratos investigados somam mais de R$ 525 milhões.
Para ocultar a origem do dinheiro, os pagamentos teriam sido intermediados pelos irmãos Milton e José Adolfo Pascowitch, delatores da Lava Jato.
Atualmente, Duque está preso desde agosto de 2024, cumprindo pena por outras condenações no mesmo esquema. Neste processo, ele recebeu pena de 29 anos e 2 meses de prisão, enquanto o empresário foi condenado a 11 anos, 6 meses e 22 dias, além de multas.
A Justiça também determinou o confisco de R$ 3,4 milhões em bens dos réus e da escultura Raízes, de Frans Krajcberg, avaliada em R$ 220 mil. A obra foi encontrada na casa de Duque e, segundo a acusação, foi comprada com recursos da Multitek. Ela será transferida à União após o fim do processo, e está provisoriamente sob custódia no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.
Em sua defesa, os acusados negaram as acusações e criticaram a base probatória, que, segundo eles, se apoiou apenas em delações. Ainda assim, o juiz acolheu a maior parte dos argumentos do MPF. E mais: Harvard processa governo Trump para evitar bloqueio de US$ 2,2 bilhões em verbas federais. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)