Ex-comandante da Marinha é um dos alvos de busca e apreensão em operação da PF

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O ex-comandante da Marinha, almirante Garnier Santos, está entre os alvos da operação ‘Tempus Veritatis’ (‘hora da verdade’, em latim), deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8), com o propósito de investigar uma suposta ‘tentativa de golpe de Estado’ após as eleições de 2022.

Além de Garnier, a PF cumpriu mandados de busca contra outros 15 militares, incluindo o ex-ministro da Casa Civil general Braga Netto, o ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional general Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira.

Também foi alvo de busca o ex-presidente Jair Bolsonaro, que recebeu medidas restritivas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes, como a proibição de deixar o país e a ordem de entregar o passaporte em 24 horas, além da proibição de se comunicar com outros investigados.

De acordo com informações divulgadas pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo, Garnier teria sido mencionado na delação do ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid como o líder da Marinha que “endossou” um ‘plano de golpe de estado’ do ex-presidente Jair Bolsonaro, relacionado ao resultado das eleições presidenciais, incluindo uma suposta ‘intervenção’ no TSE.

Conforme o relato de Cid, o almirante teria afirmado ao ex-presidente, durante uma reunião no Palácio da Alvorada, que sua tropa estava ‘pronta’ para atender a um ‘chamamento de Bolsonaro’, embora o comando do Exército tenha discordado, conforme relatou Cid.

Diante da ação de hoje (8) da PF, Garnier comentou (segundo Metrópoles e O Globo) que os agentes levaram seu telefone e documentos relacionados a projetos em que está envolvido no setor privado.

“Face à situação política de nosso país, fui acordado em minha casa hoje, às 6h15m da manhã, pela Polícia Federal. Estando acompanhado apenas do Espírito Santo, em virtude de viagem da minha esposa. Levaram meu telefone e papéis de projetos que venho buscando atuar na iniciativa privada. Peço a todos que orem pelo Brasil e por mim. Continuamos juntos na fé, buscando sempre fazer o que é certo, em nome de Jesus”, escreveu.

Em outubro do ano passado, Garnier foi indiciado no relatório da ‘CPI do 8 de Janeiro’ por crimes como “associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado”. A relatora da Comissão de Inquérito, senadora Eliziane Gama (PSB-MA), afirmou que ele “aderiu” ao “plano golpista” e “colaborou decisivamente” para o “desfecho” dos eventos de 2023. (Foto: EBC)

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