Raquel de Souza Lopes, cidadã brasileira condenada a 17 anos de prisão pelos atos de ‘8 de Janeiro’, em Brasília, teve seu pedido de asilo negado por um tribunal administrativo nos Estados Unidos. A decisão foi comunicada à família nesta terça-feira (18), segundo informou seu filho, Acenil Francisco, ao portal UOL.
A cozinheira, que está detida desde 12 de janeiro no estado do Texas, tentava evitar a deportação apontando perseguição política. Raquel afirma ser inocente e nega envolvimento nos cinco crimes pelos quais foi condenada, entre eles ‘tentativa de golpe de Estado’ e ‘abolição violenta do Estado de Direito’.
Seu pedido de proteção foi submetido ao Eoir (Executive Office for Immigration Review), órgão ligado ao Departamento de Justiça americano, mas foi rejeitado. Agora, a defesa deve apelar ao Board of Immigration Appeals (BIA), instância que analisa recursos contra decisões de imigração nos EUA.
Desde abril, a ICE (agência de imigração e alfândega dos EUA) já havia notificado autoridades brasileiras e a Interpol sobre a iminente deportação de Raquel e de outras três brasileiras na mesma situação. Segundo as autoridades, todas devem ser enviadas de volta ao Brasil no primeiro voo após a decisão definitiva.
O filho contesta a condenação da mãe no Supremo Tribunal Federal e diz que ela “é uma simples dona de casa e cozinheira, sem condições de participar de qualquer tentativa de golpe”.
Após a sentença, Raquel seguiu para a Argentina, onde se juntou a outros condenados e investigados pelos mesmos atos. Com o avanço das prisões no país vizinho, ela e outros envolvidos buscaram novos destinos, como Peru, Colômbia e México.
Quatro brasileiras — Raquel, Rosana Maciel, Cristiane Silva e Michely Paiva — tentaram entrar clandestinamente nos Estados Unidos pelo estado do Texas, mas foram interceptadas e presas pelas autoridades de imigração. O caso agora segue em análise pelo BIA. (Foto: EBC; Fonte: UOL)
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