Definitivamente ‘não caiu bem’ a recente fala de Lula (PT) a respeito da guerra na Ucrânia. Os Estados Unidos, por exemplo, já criticaram o petista em duas oportunidades: uma com o porta-voz do departamento de Defesa e outra, ontem (19), com a porta-voz da própria Casa Branca.
Em Portugal, para onde Lula embarca neste fim de semana, já há organização de protestos de partidos de centro-direita e da comunidade ucraniana no país. Por fim, a União Europeia deu recado claro a Lula dizendo que a guerra tem só um culpado: “a Rússia”.
Isso porque Lula, em visita a China no último fim de semana, até citou o país de Putin como responsável pelo conflito bélico. Mas dividiu a responsabilidade com a própria Ucrânia (país invadido), com os países da Europa e com os Estados Unidos.
Agora, segundo o jornal o Estado de São Paulo, o governo americano quer que o Brasil dê explicações claras sobre sua proximidade com o discurso da Rússia em relação à invasão à Ucrânia.
“Diante do silêncio da diplomacia brasileira após o chanceler russo Sergei Lavrov declarar em visita ao Itamaraty que Brasil e Rússia compartilham de posições semelhantes, a gestão Joe Biden espera que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicite seu lado no conflito armado, uma vez que a maioria da comunidade internacional condenou a ocupação do território ucraniano pelos russos.”, revela o jornal paulista.
Ainda segundo a reportagem, o governo Biden quer ouvir as explicações do Brasil nos próximos dias e não descarta contatos com o chanceler Mauro Vieira e o ex-chanceler e assessor especial de Lula, o embaixador Celso Amorim.
Autoridades americanas desfiam adjetivos para explicar o sentimento em relação aos recentes movimentos da diplomacia brasileira comandada por Lula: decepcionados, preocupados, surpreendidos, são algumas das palavras usadas.
Os Estados Unidos querem entender o motivo das declarações: se é realmente o que pensa o petista, se é porque apenas está ‘papagaiando’ propaganda russa (como disse o porta-voz da Defesa americana) ou se Lula quis apenas agradar sua base interna, “principalmente a ala mais radical do PT que gosta de se mostrar anti-americana.”.