Empresária argentina alega “apagão” em atropelamento fatal de casal brasileiro

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A empresária argentina e ex-atriz Patricia Scheuer, envolvida no atropelamento que tirou a vida de um brasileiro e deixou sua esposa em estado grave, atribuiu o incidente a uma desconexão de tempo e espaço. Ela afirma ter sofrido uma condição chamada “síndrome de despersonalização”, que teria causado um “apagão” mental de cerca de 10 segundos.

Scheuer, que ficou em prisão preventiva por 30 horas, foi liberada na última quinta-feira (2), após uma audiência de custódia. Acusada de homicídio culposo e lesões graves, ela se recusou a responder perguntas formais, mas deu sua versão sobre o acidente.



Segundo o Ministério Público, Scheuer mencionou um histórico de problemas psiquiátricos, incluindo um episódio semelhante ocorrido dentro de casa há cerca de um ano. Apesar disso, exames realizados em um centro neurológico de Buenos Aires na época não apontaram anormalidades, e ela continuou dirigindo normalmente.

De acordo com seu advogado, Alfredo Humber, a defesa tentará provar que a empresária sofreu um “apagão” durante o acidente. Caso isso seja confirmado, ela poderá ser inocentada das acusações.



“Ela relatou já ter vivido um episódio semelhante, mas dentro de casa”, explicou o advogado. Scheuer garante que só recobrou a consciência após o acionamento do airbag e que foi informada por terceiros que uma das vítimas estava debaixo do veículo.

O atropelamento aconteceu na manhã de 1º de janeiro, em uma movimentada esquina de Buenos Aires. A SUV dirigida por Scheuer subiu na calçada, atingindo o casal brasileiro, que estava em sua primeira viagem à capital argentina.



Fernando Pereira de Amorim Junior, de 62 anos, morreu no local. Sua esposa, Cleusa Adriana Nunes Pombo, de 50 anos, permanece internada em estado grave no Hospital Fernández, sofrendo de múltiplas lesões, incluindo traumatismo cranioencefálico e torácico.

Embora o teste do bafômetro tenha dado negativo, um exame toxicológico ainda está em análise e pode levar até três semanas para ser concluído. As autoridades investigam se Scheuer excedeu o limite de velocidade de 60 km/h e se declarou sua condição médica ao renovar a carteira de motorista, conforme exige a legislação argentina.



Na Argentina, as penas para condução imprudente variam de dois a cinco anos de prisão, além da suspensão da habilitação por até uma década. Contudo, caso fique comprovado que Scheuer sabia do risco de dirigir com sua condição de saúde, a punição pode ser agravada. A possibilidade de uma segunda vítima fatal, no caso de Cleusa não sobreviver, também aumentaria a pena.

O caso segue em investigação, e as respostas às pendências médicas e legais serão cruciais para definir o destino judicial da empresária. E mais: Clientes do Itaú reclamam de instabilidade no aplicativo e atraso no recebimento do salário. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: G1)

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