Em editorial, Folha de SP critica “escarcéu” de Moraes sobre caso Aeroporto de Roma: “montanha pariu um rato”

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“Terminou de forma vexaminosa para Alexandre de Moraes o imbróglio que envolveu o próprio ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), seu filho e três outros brasileiros no aeroporto de Roma.”. É assim que o jornal Folha de São Paulo inicia o seu editorial dessa segunda-feira (19) a respeito do fim das investigações da confusão na Itália envolvendo Alexandre de Moraes, sua família e outra família do interior de São Paulo. Clique AQUI para ler na íntegra.

Segundo a Polícia Federal, o filho do Ministro foi vítima de “injúria real”, mas optou por não pedir indiciamento de ninguém porque, segundo a corporação, trata-se de uma crime de menor potencial ofensivo, com pena que chegaria ao máximo de 1 ano.

À época, a imprensa brasileira dizia que, naquele 14 de julho do ano passado, o Ministro ouviu insultos como “bandido” e “comprado”. Seu filho, por sua vez, teria sido agredido com um tapa no rosto.

“Moraes fez disso um escarcéu”, critica a Folha. “Exasperou-se com a agressão, o que é compreensível, e investiu todo o seu peso institucional na querela, o que é inaceitável.”.

“É a proverbial montanha que pariu um rato —com a diferença que, nesse caso, ela não o fez sem deixar um rastro de fatos deploráveis.”, disparou o jornal paulista lembrando fatos que seguiram após a chegada dos envolvidos ao Brasil.

“Quem puxa a fila, por óbvio, é Moraes, mas ele arrastou consigo todos os que se fiaram em sua versão e vociferaram contra o trio em tons muito acima do apropriado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, classificou o agressor de “animal selvagem”. O vexame não parou aí. A ministra Rosa Weber, à época presidente do STF, autorizou mandado de busca e apreensão em dois endereços ligados aos investigados, sendo certo que não havia justificativa plausível para tanto.”, lembrou o veículo.

A Folha aproveitou para criticar mais dois personagens dessa história. “Não houve justificativa para o ministro Dias Toffoli, relator do inquérito no Supremo, deixar a papelada sob sigilo durante certo tempo —e menos ainda para manter, por prazo ainda maior, o sigilo das imagens do circuito interno do aeroporto de Roma.”

“A PF tampouco passou ilesa. Entre medidas exageradas e mesmo abusivas, a instituição chegou ao absurdo de revelar a comunicação de um advogado com seu cliente, em franca violação de um princípio assegurado pela Constituição.”.

E assim encerrou o jornal (sem lembrar o papel da grande imprensa nessa história): “Apesar de toda a pressão, e sem que se minimizem os infortúnios sofridos pelo trio envolvido no imbróglio, prevaleceu, no fim das contas, o direito do cidadão diante da truculência estatal.” (Foto: TSE)

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