Em crise de audiência, CNN demite maioria de seus principais nomes

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A notícia pela manhã da demissão da jornalista Marcela Rahal e Sidney Rezende (foto abaixo) era só o começo de um dia de cortes na maioria dos principais nomes da emissoraAo longo do dia, a imprensa especializada foi noticiando a saída de outros profissionais da casa.

Horas depois saiu a notícia dos desligamentos de Isabella Faria, Bruna Ostermann e Fernando Molica. Além deles, a empresa também optou por demitir João Beltrão, que atuava como diretor de Jornalismo em São Paulo, e rebaixou Stephanie Alves, que deixará o comando do Novo Dia e voltará a atuar como repórter na capital paulista.

E não parou por aí. Monalisa Perrone, um dos nomes mais famosos da casa, também foi dispensada. Ela, que tinha planos de se aposentar no fim de 2023 e se mudar para os Estados Unidos, foi demitida pela pelo canal de notícias na manhã desta quinta-feira (1º).

A nova gestão da empresa optou pelo desligamento imediato da apresentadora, que estava a frente do Jornal da CNN desde abril. A rede decidiu de que é melhor arcar com as custas da rescisão contratual da apresentadora, proporcional aos meses que faltavam para o término do contrato, do que seguir bancando seu salário.

A lista de demissão prosseguiu: os analistas Fernando Molica, Alexandre Borges estão entre os demitidos da sede no Rio de Janeiro, que será fechada. Em Brasília, foram dispensadas a editora Bessie C e uma pessoa do setor administrativo.

A repórter Danúbia Braga e Jairo Nascimento foram demitidos em São Paulo. Stephanie Alves, até então apresentadora do Novo Dia, deixará o telejornal e passará a ser apresentadora esportiva. Denise Orodisse também saiu.
No decorrer da tarde, mais nomes foram desligados: Kenzô Machida, assim que chegou para trabalhar na sede de Brasília, foi dispensado. Ele era comentarista e apresentador das notícias da capital federal.

Anthony Wells, repórter que cobria Copa do Mundo e fazia entradas para a CNN americana, foi dispensado. O mesmo ocorreu com Everton Souza, repórter factual em São Paulo. Os desligamentos também ocorreram na área Soft e em escritórios internacionais. A designer Rita Wu, que fazia o CNN Nosso Mundo, foi mandada. Heloísa Vilela, ex-correspondente de Record e Globo nos Estados Unidos, também teve o seu contrato rompido.

Dois nomes bem conhecidos de outros emissoras também saíram. Gloria Vanique e Boris Casoy, que chegou a emissora para cobrir Alexandre Garcia, que foi demitido e hoje está na Jovem Pan News.

Mais demitidos: Leandro Karnal, o “filósofo”, e Pedro Andrade (ex-Multishow), dois nomes da faixa batizada pelo canal como Soft News, também deixam a emissora. O programa de Andrade, já gravado, ainda tem temporada inédita no ar, mas não será renovado.

Crise de audiência
A filial americana do Brasil da CNN enfrenta crise de audiência. Mesmo com mais tempo de atuação e com a bagagem da matriz, a casa viu a Jovem Pan News tomar o segundo no ranking de audiência em menos de um ano. O primeiro lugar é da Globo News, que tem média de audiência de 1 ponto, contra 0.5 da Jovem Pan e 0.3 da CNN.

Em um mercado tão disputado, a falta de telespectadores reflete na ponta comercial, com menos anúncios ou anunciantes pagando pouco pelo espaço comprado. E sem dinheiro, fica difícil pagar tanto jornalista e comentarista do “peso” de Monalisa Perrone, Karnal, Gloria Vanique, etc.

Agora, a CNN deve optar por menos “análises” e passar a optar por mais “hard news”, jargão jornalístico que significa as notícias do dia a dia, apenas os fatos, com menos cometários ou reportagens especiais. O problema é que a solução pode acabar aprofundando o problema, reduzindo ainda mais a audiência da emissora.

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Fontes: TV Pop; Notícias da TV; Hugo Gloss
Imagem: reprodução

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