O empresário Elon Musk anunciou nessa quarta-feira (29) que deixará o comando do Doge (Departamento de Eficiência Governamental), órgão criado pelo governo dos Estados Unidos para reduzir os gastos federais. Em publicação na rede social X, Musk agradeceu ao presidente Donald Trump pela oportunidade, mas confirmou que seu tempo como integrante da administração federal está chegando ao fim.
Musk destacou que a missão do Doge seguirá adiante e poderá se consolidar como “um modo de vida em todo o governo”. Nomeado por Trump para liderar o departamento, o bilionário declarou, no entanto, que nem todos os objetivos foram alcançados.
Apesar de cortes significativos — que resultaram na exoneração de milhares de servidores e até no fechamento de órgãos públicos —, Musk lamentou não ter conseguido cumprir integralmente as metas previstas.
Seu mandato como “funcionário especial” expira no dia 31 de maio, encerrando uma gestão de 130 dias iniciada em janeiro. A saída já havia sido sinalizada por ele em abril, quando informou que pretendia se dedicar novamente à Tesla e à SpaceX.
Pouco antes do anúncio oficial, Musk criticou duramente o novo pacote de gastos proposto por Trump, aprovado pela Câmara dos Representantes e que agora segue para o Senado. Em entrevista à CBS News, que vai ao ar completa no domingo (1º), o bilionário disse estar “decepcionado” com o texto. “Aumenta o déficit orçamentário e prejudica o trabalho que o Doge vem realizando”, afirmou.
Sem citar Musk, o assessor presidencial Stephen Miller minimizou as divergências, alegando que o pacote não representa o orçamento completo do ano e que os cortes defendidos pelo Doge precisariam de uma tramitação própria no Congresso.
Em entrevista ao Washington Post, Musk reconheceu o desgaste enfrentado no trabalho. “A situação da burocracia federal é muito pior do que imaginei”, afirmou. Segundo ele, muitos servidores foram demitidos sem qualquer aviso prévio, reflexo da dificuldade de implementar mudanças estruturais.
Embora esteja deixando a função, Musk garantiu que seguirá contribuindo com o Doge, agora focado em modernizar os sistemas de tecnologia do governo. E mais:
