Um governo envelhecido aos 100 dias”, diz editorial do Estadão sobre marca de Lula

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Em editorial nesta segunda-feira (10), o Estadão disse que o governo de Lula está ‘envelhecido em 100 dias’. “O governo de Lula da Silva chega hoje ao seu centésimo dia como se estivesse em sua reta final. Os sinais de decrepitude precoce estão em toda parte, mas sobretudo na aparente incapacidade do presidente de dar um rumo – imprimir uma marca, como dizem os marqueteiros – à sua incipiente administração.”, iniciou o jornal paulista o seu texto opinativo.

Ainda segundo o jornal, “o governo dá ares de envelhecimento acelerado quando parece mais preocupado em criar fatos que lhe garantam vantagens eleitorais, e não em tomar as decisões duras e impopulares que qualquer governo responsável toma quando ainda está embalado pela legitimidade das urnas”.

Para seguir com sua crítica a Lula, o Estadão, porém, faz um ataque completamente desproporcional ao governo Bolsonaro, inclusive com uso de argumentos chulos e inadequados para o editorial de um veículo da importância do jornal paulista : “Alguns otimistas dirão que Lula da Silva ainda faz um governo melhor do que o de Jair Bolsonaro. Mas aí não há vantagem nenhuma: é virtualmente impossível ser pior do que Bolsonaro, responsável pela putrefação moral da política, pela desmoralização da República e pela ruína de áreas cruciais para o País, como saúde e educação.”.

O jornal, então, elenca uma série maus feitos realizados por Lula nesses 100 dias: “Lula avalizou o desmonte do Marco do Saneamento, para favorecer estatais falidas e incompetentes em detrimento do bem-estar dos pobres; avançou sobre a Lei das Estatais, criada justamente para estancar a corrupção das estatais, grande marca dos governos petistas; mandou parar a reforma do ensino médio, para satisfazer sindicatos em prejuízo dos estudantes, aflitos com um futuro incerto; ameaçou rever a reforma trabalhista, um formidável avanço em relação à legislação caduca da era varguista; fustigou a Petrobras a abandonar as políticas e práticas administrativas adotadas justamente para salvar a companhia depois da destruição promovida pelos petistas; e detonou o teto de gastos, criado no governo Temer para conter a sangria das contas públicas após a passagem irresponsável de Dilma pelo poder.”.

Por fim, elogia o ‘arcabouço’ de Haddad, ‘malgrado seus problemas’, mas diz que a maior oposição ao projeto do ministro da Fazenda não parte da oposição, e sim do próprio PT. “Quando um Lindbergh Faria (PT-RJ) diz que o novo regime fiscal é nada menos que um “pacto com o diabo”, este jornal tem razões de sobra para suspeitar que o ministro da Fazenda talvez não tenha forças para lutar contra “opositores” cujo grande poder decorre justamente da pequena distância que os separa dos ouvidos de Lula.”.

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