A moeda americana encerrou a sexta-feira (1) cotada a R$ 5,8698, registrando alta de 1,53% e alcançando o maior valor desde maio de 2020. A incerteza quanto ao futuro da política fiscal no Brasil vem pressionando o câmbio, segundo analistas do mercado financeiro.
A instabilidade fiscal também impacta os juros futuros. A taxa de depósito interfinanceiro (DI) para 2027 já é negociada acima de 13% ao ano, refletindo as expectativas cautelosas do mercado diante da ausência de medidas claras de corte de gastos por parte do governo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou a importância do anúncio do pacote fiscal ao responder a jornalistas na quarta-feira (30), chamando as perguntas de “forçação boba”.
Com uma viagem marcada para a Europa entre os dias 4 e 8 de novembro, Haddad deixará a decisão sobre o corte de despesas para depois de seu retorno, postergando qualquer anúncio até, pelo menos, 11 de novembro.
Para o especialista em investimentos Ramon Coser, do Valor Investimentos, em posicionamento ao Estadão, a falta de um posicionamento fiscal mais firme do governo aumenta a volatilidade do mercado, que busca se proteger em meio à incerteza. Além disso, as eleições americanas, que terminam na terça-feira, também adicionam pressão ao câmbio.
No relatório do payroll americano divulgado nesta sexta-feira, foram criados apenas 12 mil postos de trabalho em outubro, bem abaixo das expectativas de 113 mil, impactados pelo furacão Milton, que afetou diversas regiões dos EUA. E mais: Governo Lula responde a provocações de Maduro: “tom ofensivo”. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: Estadão; Poder360)