Seis anos após o trágico incêndio que destruiu grande parte do acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, um importante passo na reconstrução científica da instituição foi dado: um novo exemplar do raro lagarto Calanguban alamoi acaba de ser incorporado à coleção.
A peça foi doada por um colecionador alemão — que preferiu não se identificar — e fazia parte de uma coleção privada com fósseis originários da Bacia do Araripe, no Nordeste do Brasil.
O fóssil substitui o holótipo da espécie, perdido no incêndio de 2018, quando 85% do acervo do museu foi consumido pelas chamas. O antigo exemplar era o único usado na descrição original da espécie, função que agora será assumida pelo fóssil recém-chegado, que passa a ser o neótipo — nome dado ao espécime que substitui o original quando este é perdido ou danificado.
A descoberta e a nova designação foram descritas em artigo publicado na revista científica Journal of Systematic Paleontology. Segundo os autores, o novo fóssil é ainda mais completo que o anterior: apresenta ossos do crânio bem preservados, além de outras estruturas importantes que não estavam presentes no holótipo.
O Calanguban alamoi viveu há cerca de 120 milhões de anos, durante o período Cretáceo Inferior. A espécie pertence à Formação Crato, uma camada geológica do grupo Santana, na Bacia do Araripe, que abrange partes dos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco.
Como não há muitos registros da espécie, a nova peça representa uma conquista significativa para a ciência. Ela permitirá que novas pesquisas sejam conduzidas e garante a continuidade dos estudos paleontológicos sobre essa linhagem de répteis brasileiros. (Fotos: EBC; divulgação; Fonte: Revista Galileu)
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