A dívida pública brasileira continuou em trajetória de queda em proporção do PIB em maio. Dados divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Banco Central mostram que, pelo 7º mês seguido, a Dívida Bruta do Governo Geral caiu, fechando o mês em R$ 7,098 trilhões, o que representa 78,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril, o porcentual foi de 78,9%. Segundo o BC, o crescimento do PIB no período foi o que mais contribuiu para a queda no indicador, além dos resgates líquidos da dívida e da valorização cambial.
O indicador está em trajetória de queda desde fevereiro do ano passado, quando atingiu o pico histórico de 89% do PIB, impulsionado por gastos decorrentes do enfrentamento à pandemia. Em dezembro de 2021 a dívida/PIB estava em 80,3%.
A Dívida Bruta do Governo Geral (que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais) é uma das referências por parte das agências globais de classificação de risco. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 58,3% para 58,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em maio. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.
Superávit em julho
O resultado primário do Governo Central apresentou superávit de R$ 14,4 bilhões em junho, em termos nominais (sem considerar a inflação), superando significativamente a mediana das expectativas do Prisma Fiscal do Ministério da Economia, que indicava um déficit primário para o mês de R$ 39,4 bilhões. Em junho de 2021, o déficit primário foi de R$ 73,5 bilhões. As informações constam do relatório do Resultado do Tesouro Nacional (RTN) de junho, divulgado nesta quinta-feira (28/7).
No mês passado, o Tesouro Nacional e o Banco Central foram superavitários em R$ 56,8 bilhões, em termos nominais, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou déficit primário de R$ 42,4 bilhões. Em comparação a junho de 2021, o resultado primário observado decorre da combinação de aumento real de 53,9% (R$ 66,7 bilhões) da receita líquida e decréscimo real de 14,5% (R$ 29,9 bilhões) das despesas totais.
Com os números de junho, o resultado do Governo Central acumulado do primeiro semestre totaliza superávit primário de R$ 53,6 bilhões em termos nominais. No mesmo período de 2021 foi registrado déficit de R$ 53,6 bilhões.
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