Deputados do Brasil buscam cooperação com americanos para investigar invasão aos 3 Poderes

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Parlamentares americanos e brasileiros estão buscando maneiras de cooperar em uma investigação sobre protestos violentos que ocorreram em Brasília no último domingo (8), compartilhando lições de investigações sobre o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos. As informações foram reveladas com exclusividade pela agência de notícias Reuters.

As discussões iniciais ocorreram quando mais de 70 legisladores dos dois países assinaram uma declaração conjunta denunciando forças “antidemocráticas” que tentam derrubar as recentes eleições em seus países com violência política.

Nessa ‘parceria’, o representante dos EUA, Bennie Thompson, presidente do comitê da Câmara que investigou a invasão de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, é um legislador cujo escritório está discutindo a colaboração, de acordo com uma das fontes da Reuters.

“Estou extremamente orgulhoso do trabalho e do relatório final do Comitê Seleto de 6 de janeiro. Se (ele) servir de modelo para investigações semelhantes, ajudarei de qualquer maneira possível”, disse Thompson em um comunicado por escrito.

O presidente do Senado do Brasil, Rodrigo Pacheco, também discutiu a ideia de tal intercâmbio com o principal diplomata dos EUA em Brasília, disse outra fonte da Reuters.

A fonte da agência, “que é próxima de Pacheco”, disse que o encarregado de negócios da embaixada dos EUA, Douglas Koneff, foi receptivo à ideia de compartilhar o know-how da investigação daqueles invadiram o Capitólio.
O escritório de Pacheco e a embaixada dos EUA em Brasília não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da agência internacional.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na quarta-feira (11) que Washington não recebeu nenhum pedido específico do Brasil sobre as invasões em Brasília, mas que responderia “rapidamente” se e quando um pedido chegar.
Paralelamente, um grupo de 74 legisladores federais nos Estados Unidos e no Brasil divulgou uma declaração conjunta na quarta-feira condenando a violência política em Brasília e Washington que ocorreu com dois anos e dois dias de intervalo.

A declaração, assinada principalmente por legisladores ‘progressistas’ dos dois países, foi articulada pelo Washington Brazil Office, grupo que promove o diálogo bilateral em defesa dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável.

“Não é segredo que agitadores de ultradireita no Brasil e nos Estados Unidos estão coordenando esforços”, escreveram eles, citando supostos laços entre eleitores de Trump e Bolsonaro. “Assim como os extremistas de direita estão coordenando seus esforços para minar a democracia, devemos permanecer unidos em nossos esforços para protegê-la.”

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Fonte: Reuters
Foto: reprodução vídeo

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