Brasília, 31 de agosto de 2023 – Nesta quinta-feira, uma série de depoimentos simultâneos está programada para serem prestados à Polícia Federal, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle e outras seis pessoas vinculadas a eles. A investigação gira em torno de um suposto ‘esquema de venda de presentes oficiais’, incluindo itens como relógios e joias.
A abordagem dos investigadores visa garantir que cada um preste seu depoimento de forma separada, com início marcado para as 11h, a fim de minimizar a possibilidade de coordenação de versões. Este será o quinto depoimento do ex-presidente nos últimos quatro meses.
Além de Jair Bolsonaro e Michelle, outros nomes que serão interrogados incluem o ex-chefe da Ajudância de Ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, seu pai, general Mauro Cesar Lourena Cid, o advogado Frederick Wassef, o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten (que também atua como advogado de Bolsonaro) e os assessores Marcelo Costa Câmara e Osmar Crivelatti.
Diferentemente das ocasiões anteriores, os depoimentos de hoje ocorrerão em um contexto modificado. Na semana passada, Mauro Cid iniciou a colaboração com a Polícia Federal, respondendo a questionamentos e contribuindo para a investigação. Nos últimos dias, ele passou cerca de 16 horas na sede da corporação, adotando uma nova abordagem de defesa após a assunção do advogado Cezar Bitencourt no caso.
Os delegados responsáveis pelos depoimentos de hoje buscam obter esclarecimentos relacionados ao que Cid falou e também de materiais resultantes de quebras de sigilo telefônico e telemático, bem como buscas e apreensões autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Este marca o quinto depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal desde que deixou a presidência.
Os tópicos abordados em investigações anteriores incluíram um kit de joias dado pela Arábia Saudita que foi retido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos (SP), supostas fraudes em cartões de vacinação que levaram à prisão de Mauro Cid, além das declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre um suposto plano para grampear ilegalmente o ministro Moraes com o intuito de contestar o resultado das eleições. Em todos os casos, a defesa do ex-presidente refutou quaisquer alegações de irregularidade.
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