Estatais têm déficit de R$ 7,2 bi em 2024, o maior em 22 anos

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O déficit das estatais brasileiras alcançou R$ 7,21 bilhões no acumulado de janeiro a agosto de 2024, o maior da série histórica, segundo dados do Banco Central. Entre as empresas federais, o prejuízo foi de R$ 3,37 bilhões, enquanto as estatais estaduais acumularam perdas de R$ 3,85 bilhões. A reportagem é do Estadão.

Esses números refletem o endividamento das companhias, conceito conhecido como “abaixo da linha”, que avalia a variação das dívidas sem impactar diretamente o fluxo de caixa das empresas. Nesse método, as receitas obtidas no mercado são contabilizadas como ativo, mas também criam um passivo, ou seja, dívidas que deverão ser quitadas posteriormente.



O Tesouro Nacional atua como garantidor dessas empresas, o que traz preocupação, pois o déficit pode exigir recursos adicionais, aumentando o endividamento público e comprometendo verbas destinadas a áreas como saúde e educação.

A divulgação dos resultados das estatais também passou por mudanças. Até dezembro de 2022, o Ministério da Gestão e Inovação apresentava esses números de forma trimestral, mas, no governo Lula, a divulgação passou a ser anual. Importante ressaltar que esses dados não consideram os resultados dos bancos públicos nem da Petrobras.

Queda no varejo
Em agosto, as vendas no comércio varejista no Brasil variaram negativamente 0,3% na comparação com o mês anterior, quando haviam crescido 0,6%. Em 2024, o varejo acumula alta de 5,1%. A média móvel trimestral, após variação de 0,2% em julho, variou -0,2% no trimestre encerrado em agosto. Já o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 4,0%, 23º mês seguido em que esse indicador é positivo. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (10) pelo IBGE.



No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 0,8% na passagem de julho para agosto. Já na comparação com agosto de 2023, houve expansão de 3,1%. A média móvel trimestral do varejo ampliado variou -0,1% no trimestre encerrado em agosto.

Quanto às atividades, sete das oito ficaram no campo negativo: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%), Móveis e eletrodomésticos (-1,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), Combustíveis e lubrificantes (-0,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%). O único setor que mostrou crescimento entre julho e agosto de 2024 foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,3%).



“A variação negativa de 0,3% no comércio varejista em agosto demonstra uma estabilidade, após o crescimento de 0,6% em julho. O comportamento do comércio em 2024 ainda é positivo, apenas em junho tivemos resultado efetivamente negativo (-0,9%). O aspecto negativo do resultado de agosto é o fato de quatro das oito atividades pesquisadas terem registrado queda significativa, três ficarem estáveis e só uma ter apresentado alta”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Quando se comparam os resultados de agosto e julho de 2024, 17 unidades da federação obtiveram desempenho negativo, com destaque para Minas Gerais (-2,4%), Tocantins (-2,0%) e Rondônia (-1,8%). Dentre as dez UFs com resultados positivos, Roraima (2,2%), Ceará (2,1%) e Bahia (1,3%) se destacaram.



No comércio varejista ampliado, houve resultados negativos em 16 das 27 unidades da federação, valendo mencionar Mato Grosso do Sul (-4,5%), Minas Gerais (-2,9%) e Acre (-2,5%). Rio Grande do Sul (1,9%), Rio Grande do Norte (1,3%) e Roraima (1,3%), porém, chamaram atenção pelo lado positivo. Já Amapá e Distrito Federal assinalaram estabilidade (0,0%). E mais: Barroso diz que ‘não se mexe em instituições que funcionam’, em reação à CCJ da Câmara. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução PixaBay/EBC; Fonte: Estadão; IBGE)

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