Decisão de pagar apenas dividendos mínimos na Petrobras foi de Lula

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Lula na cerimônia de Retomada das Obras da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE).



A decisão de não distribuir dividendos extraordinários pela Petrobras foi atribuída diretamente a Lula (PT), e o governo petista defende que a empresa utilize os fundos destinados a esse fim para ‘investimentos’, conforme relato da Reuters nesta sexta-feira (8).

Segundo fontes da agência de notícias internacional, a deliberação do conselho ocorreu durante uma reunião nesta semana com o presidente da empresa, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
As fontes mencionadas pela Reuters destacaram que há um entendimento no governo de que são necessários recursos para investimentos de longo prazo. “Não se trata de prejudicar os acionistas. Não se paga a curto prazo para obter um investimento que resultará em um retorno melhor no longo prazo”, justificou uma das fontes, sob condição de anonimato.

As ações da Petrobras, que haviam se recuperado desde a abertura do mercado, voltaram a registrar queda após a divulgação da notícia pela Reuters. No fim do dia, a estatal perdeu cerca de R$ 50 bilhões em valor de mercado após o tombo na Bolsa.

“O governo herdou uma política de esvaziamento dos cofres para pagar dividendos e não investir, visando preparar a privatização”, afirmou uma fonte da Reuters, relembrando os planos do governo Bolsonaro de privatizar a Petrobras.

A reportagem também informa que Lula se reuniu com Silveira e Prates para ouvir os argumentos. Enquanto o presidente da Petrobras defendia o pagamento, em uma versão negociada, de 50% do valor potencial em dividendos extraordinários, acabou sendo voto vencido. A Petrobras anunciou anteriormente que o conselho de administração propôs destinar 43,9 bilhões de reais de lucro remanescente para uma reserva de remuneração do capital recém-criada pela companhia, em vez de distribuir dividendos extraordinários.

O colegiado aprovou apenas a remuneração ordinária, no montante de 14,2 bilhões de reais, referente ao quarto trimestre, totalizando dividendos totais do exercício de 2023 de 72,4 bilhões de reais. E mais: Bolsonaro mostra força política na Bahia. Clique AQUI para ver.

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