“A corda está frágil’, diz embaixador de Israel sobre relação entre os dois países

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O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, expressou preocupação com a declaração de Lula, que comparou a ação de Israel em Gaza ao Holocausto nazista enfrentado pelo povo judeu.

Em entrevista ao Estadão, Zonshine descreveu as palavras como alarmantes, mas afirmou que não prevê uma ruptura nas relações entre os dois países. “A relação política é importante, mas não é a única. Envolve vários setores: economia, tecnologia, defesa, entre outros. Não cortamos relações, mas a corda está frágil”, admitiu.

Zonshine também observou que há níveis de desconforto e ações para demonstrar a gravidade do inconveniente diplomático. Nesse momento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, para “uma dura conversa” com o ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz.

Daniel Zonshine permanece no Brasil aguardando as orientações de Netanyahu. Um chamado para ele retornar definitivamente ao país significaria um rompimento das relações diplomáticas, mas isso ainda não ocorreu. No entanto, Lula convocou o embaixador brasileiro no país israelense de volta ao Brasil ao menos para um período de dez dias. Daniel também foi chamado pelo governo petista para explicar as críticas do primeiro-ministro israelense.

Para Zonshine, as ações e declarações de Netanyahu, além das manifestações de outras nações e órgãos internacionais, refletem a gravidade das declarações de Lula. “Foi algo completamente inadequado. Minha percepção está alinhada com o que foi dito pelo primeiro-ministro”, destacou.

Nos bastidores, membros da diplomacia israelense afirmam que o desconforto está aumentando e consideram que as afirmações de Lula revelam a ignorância do presidente brasileiro sobre o conflito em Israel. E mais: PF intima Bolsonaro para depor às vésperas de ato na Paulista; Moraes nega adiamento. Clique AQUI para ver. (Foto: Agência Câmara; Fonte: Estadão)

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