Nesta terça-feira (26), a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou que as contas do governo federal apresentaram um déficit primário de R$ 58,44 bilhões em fevereiro deste ano. Esse valor representa um aumento real de 37,7% em relação ao mesmo período de 2023, quando o déficit foi de R$ 42,44 bilhões, corrigidos pela inflação. Clique AQUI para ver o balanço completo.
O déficit primário ocorre quando as receitas provenientes de tributos e impostos são inferiores às despesas do governo, excluindo os gastos com juros da dívida pública. Quando as receitas superam as despesas, o resultado é um superávit primário.
O déficit registrado em fevereiro é o maior já observado para o mês desde que a série histórica foi iniciada em 1997, tornando-se o pior resultado em 28 anos, mesmo com um recorde na arrecadação, que atingiu R$ 186,5 bilhões.
Segundo o governo, o resultado o resultado negativo das contas públicas foi afetado pelo pagamento de mais de R$ 30 bilhões em precatórios.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron (foto acima), explicou que fevereiro foi um mês atípico devido ao pagamento antecipado desses precatórios, não restando mais estoque para este fim. Ele ainda mencionou outras pendências financeiras, como o Fundef e requisições de pequeno valor.
No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, as contas do governo apresentaram um superávit primário de R$ 20,94 bilhões. No entanto, esse valor representa uma piora em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foi registrado um superávit fiscal de R$ 38,29 bilhões.
O governo Lula mantém o objetivo de zerar o déficit das contas públicas em 2024, conforme previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Esse desafio é considerado ambicioso pelo mercado financeiro, que projeta um déficit em torno de R$ 80 bilhões para este ano (Clique AQUI para ver mais). Apesar disso, o governo estima um déficit bem menor, na casa de R$ 9,3 bilhões, de acordo com o relatório de avaliação de receitas e despesas divulgado recentemente.
Para alcançar a meta fiscal, o governo implementou uma série de medidas destinadas a aumentar a arrecadação federal, com o objetivo de elevar a receita em R$ 168,5 bilhões em 2024. E mais: Empresas vão à Justiça contra medida de Haddad. Clique AQUI para ver. (Foto: Ministério da Fazenda; Fonte: G1; Poder360).