A indústria da construção registrou crescimento elevado da atividade e do emprego em julho deste ano. De acordo com a Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), esses dois indicadores avançaram nos ritmos mais elevados desde 2010. Foram entrevistadas 402 empresas, sendo 151 pequenas, 169 médias e 82 grandes, entre 1º e 9 e agosto, e os números divulgados nessa quarta-feira (17) pela CNI.
O índice do nível de atividade da Construção registrou 52,5 pontos em julho de 2022. Por estar acima da linha divisória dos 50 pontos, o índice indica expansão da atividade em relação a junho. Além disso, o valor é o mais elevado desde outubro de 2010, indicando expansão elevada. O índice de evolução do número de empregados foi de 51,9 pontos, também acima da linha divisória de 50 pontos, indicando alta do emprego da construção em julho. Essa expansão foi a mais elevada da série histórica que tem início em 2011.
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da Construção avançou um ponto para 68% em julho em comparação com junho. É a mais elevada UCO para o mês de julho em oito anos. A intenção de investimento da construção avançou, atingindo o maior nível desde 2014. As expectativas do setor também seguem otimistas em relação ao desempenho nos próximos seis meses.
Melhor avaliação da economia brasileira
Em linha com a atividade, o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria da construção avançou 3,2 pontos, para 60 pontos em agosto de 2022. O dado mostra confiança elevada e disseminada entre os empresários.
A alta do índice ocorre devido à melhora da avaliação dos empresários da construção sobre a economia brasileira. O índice de condições atuais da economia brasileira avançou 5,4 pontos para 52,7 pontos, atravessando a linha divisória de 50 pontos e, portanto, demonstrando a transição de uma percepção de piora da economia, em julho, para melhora da economia, em agosto.
O índice de expectativas sobre a economia brasileira também cresceu cinco pontos e ficou em 61,7 pontos, o que demonstra mais otimismo em relação ao cenário econômico nos próximos seis meses.