Com Copa do Mundo, Black Friday e Natal, deve sobrar vaga de trabalho temporário no fim de ano

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A Asserttem (Associação Brasileira de Trabalho Temporário) estima que, só nos meses de julho, agosto e setembro, sejam abertas mais de 630 mil vagas temporárias, um aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2021. Para o fim do ano, e provável até mesmo que faltem trabalhadores para preencher o número de vagas que serão abertas. “A demanda está acima do esperado, na comparação com os anos de normalidade, anteriores a 2020”, afirma Marcos de Abreu, presidente da associação.

Segundo a Asserttem, a perspectiva é de dificuldades na contratação de mão de obra temporária nos próximos meses devido à falta de trabalhadores. Isso deve ser sentido principalmente em estados como Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás e em algumas regiões do interior de São Paulo. “São localidades que estão praticamente em pleno emprego, são bastante industrializadas e têm demanda maior de trabalhadores”, fala Abreu.

Ele diz que existe mão de obra sobrando nas capitais e grandes cidades, mas falta no interior, principalmente nos municípios pequenos. “Tem cidades que perdem novas indústrias porque não têm pessoal para oferecer.”

No setor de serviços, a entidade prevê crescimento das contratações nas áreas de logística, tecnologia da informação, restaurantes e no comércio. “Sempre é mais fácil enxergar a contratação temporária no comércio, principalmente com a proximidade de eventos como Black Friday e Copa do Mundo. Mas por trás das vendas está a produção, que também aumenta muito por conta disso. Com a pandemia e o crescimento das vendas online, as grandes contratantes, na indústria e em logística, passaram a optar mais por temporários”, afirma o presidente da associação.

Segundo ele, o ecommerce tornou “mais violenta” a necessidade das empresas contratarem trabalhadores, pois elas sentem imediatamente a demanda e têm de negociar prazos para dar conta de atender os clientes. “Já estão faltando produtos, principalmente os da linha branca [eletrodomésticos]. Essa deve ser a grande a saída nos eventos deste segundo semestre, porque as indústrias estão com demanda reprimida. Por isso, elas não devem demitir ninguém, só contratar.”

Marcos de Abreudiz ainda que, com a previsão de falta de mão de obra, provavelmente vai haver disputa por trabalhadores temporários, o que deve obrigar os contratantes a oferecer melhores condições ou pagar salários maiores.

“O salário médio das contratações temporárias no país é R$ 1.800, e a ideia é esse valor se manter. Mas a alta demanda pode aumentar os salários. Pela lei, o temporário deve receber pagamento igual ao do efetivo, para desempenhar a mesma função, não pode ganhar menos. Mas o salário é equiparado, ou seja, leva em conta experiência, senioridade, tempo de casa”, explica.

Números
De janeiro a junho deste ano foi gerado 1,3 milhão de vagas com contrato por tempo determinado no país. A oferta de postos de trabalho por tempo determinado cresceu 35% em 2020, na comparação com o ano anterior, e teve alta de 21% em 2021. No ano passado, 2.415.419 trabalhadores foram contratados nessa modalidade, o que superou as expectativas do setor, segundo a Asserttem. Foi o melhor resultado desde 2014, quando teve início a série histórica medida pela entidade. E veja também: Guedes quer Amazônia rentável com crédito verde. Clique AQUI para ver.


Fonte: R7
Foto: Pixa Bay

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