China faz ‘sérias diligências’ aos EUA sobre intenções de ajudar Taiwan militarmente

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As autoridades chinesas protestaram aos Estados Unidos pela intenção de Washington de ajudar a militarmente a defesa de Taiwan, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, nesta terça-feira (19).

“Deixamos clara a posição severa da China sobre a última proposta de venda de armas dos EUA para Taiwan. Devo reiterar que a China se opõe firmemente e condena fortemente isso. Fizemos sérias diligências para o lado dos EUA sobre isso”, disse ele em coletiva de imprensa, comentando uma declaração recente do porta-voz do Departamento de Estado Ned Price sobre a prontidão dos EUA para ajudar a “manter a capacidade suficiente de autodefesa [de Taiwan]”.

De acordo com o diplomata chinês, Washington não deve violar acordos formais com Pequim com base no direito interno e desrespeitar as normas geralmente aceitas do direito internacional. Ele também reiterou que os Estados Unidos não têm absolutamente nenhuma competência para interferir nos assuntos internos da China e vender armas para Taiwan.

Zhao Lijian apontou que Pequim vê as vendas de armas dos EUA para Taipei como uma violação dos acordos bilaterais que “encorajam as forças separatistas da ‘independência de Taiwan'”. O representante do Ministério das Relações Exteriores lembrou que isso também levaria inevitavelmente ao aumento das tensões no Estreito de Taiwan. “O lado dos EUA precisa interromper imediatamente as vendas de armas e o contato militar com Taiwan”, concluiu Zhao Lijian.

Anteriormente, o Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda de US$ 108 milhões em equipamentos militares e peças de reparo e serviços relacionados a Taiwan.

A cooperação militar e técnica de Washington com Taipei levanta preocupações em Pequim, que enfatiza que Taiwan pertence à China e pede à Casa Branca que respeite a política de “uma só China”.

Taiwan é governada por sua própria administração desde 1949, mas, de acordo com a posição oficial defendida pela maioria dos países, incluindo a Rússia, é considerada uma das províncias da China. Os EUA romperam relações diplomáticas com Taiwan em 1979 e estabeleceram relações com a China. Reconhecendo a política de “uma só China”, Washington continua a manter contato com a administração de Taipei e abastece a ilha com armas.

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Fonte e foto: Agência Tass

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