O cacique José Acácio Serere Xavante, detido ontem (12), em Brasília, por determinação de Alexandre de Moraes, pediu que manifestantes na capital federal não se envolvam em brigas e confrontos.
Ele começa falando na língua de seu povo para, em seguida, dizer em português: “Meus amigos, irmãos, povo brasileiro, cacique e líderes. Estou bem, graças a Deus, e estou em paz. Quero pedir: como eu tenho amado os senhores, se os senhores me amam também, me consideram, eu quero pedir para que os senhores não venham fazer conflito, briga ou confronto com a autoridade policial e venham viver em paz. E não pode continuar o que aconteceu, infelizmente, essa destruição dos carros, ataque à sede da PF”, diz.
“Sabemos que somos povo santo, povo de bem, povo que não compactua com derramamento de sangue, briga e conflito. A nossa briga não é contra as pessoas humanas. É contra as potestades espirituais, Deus abençoe a todos”, completa. Assista abaixo!
Mensagem do Cacique!! pic.twitter.com/Ytx0jfPbKW
— Dalmor Pazello 🇧🇷 (@DalmorPazello) December 13, 2022
Sobre a prisão do cacique
Após pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo inicial de dez dias, pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos.
Segundo a ordem, a decisão, se fundamentou na “necessidade de garantia da ordem pública, diante dos indícios, nos autos, da prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, previstos no Código Penal”.
Manifestações
Segundo a Polícia Federal (PF), Serere Xavante teria realizado manifestações “de cunho antidemocrático” em diversos locais de Brasília (DF), “como Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília, no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos) e em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos”.
Ao pedir a prisão temporária, a PGR disse que o indígena vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para “arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição” de Lula e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
“A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, registrou a PGR.
Ao examinar o pedido da PGR, Moraes disse que as condutas do investigado, “amplamente noticiadas na imprensa e divulgadas nas redes sociais”, se revestem de agudo “grau de gravidade” e revelam os riscos decorrentes da sua manutenção em liberdade, uma vez que Serere Xavante convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos. “A restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão temporária, é a única medida capaz de garantir a higidez da investigação”, afirmou.
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