No início da corrida para o segundo turno das eleições municipais de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) destacou que os eleitores de Pablo Marçal já compartilham das ideias apresentadas em seu plano de governo. No entanto, Guilherme Boulos (PSOL) não parece disposto a aceitar essa transferência de votos sem reagir.
De acordo com informações da coluna ‘Painel’ da Folha de São Paulo, Boulos planeja dar uma atenção especial aos trabalhadores precarizados das periferias, como motoristas e entregadores de aplicativos, além de pequenos e médios empresários. Esses grupos, que foram importantes para a votação de Marçal, valorizam as promessas relacionadas ao empreendedorismo e à prosperidade individual que o influenciador defendeu.
Entre as iniciativas propostas por Boulos para esse público estão a construção de centros de apoio a entregadores, financiados pelas próprias empresas de aplicativo, a criação de uma agência municipal de crédito, além da liberação do rodízio de veículos para motoristas de aplicativos.
Aliados de Boulos também sugerem uma postura mais firme e assertiva no segundo turno, percebendo que a maneira enérgica e crítica com que Marçal atacou o “sistema” atraiu parte do eleitorado.
A campanha de Boulos não pretende imitar Marçal, mas reconhece que a abordagem combativa do influenciador tem potencial para alcançar setores insatisfeitos da sociedade. A mudança de tom pode ser uma estratégia para conquistar esses eleitores.
Além disso, Boulos anunciou nesta quinta-feira (10), em entrevista à rádio CBN, que adotará o conceito das chamadas Escolas Olímpicas, uma proposta que Marçal defendeu durante o primeiro turno. “Estou incorporando propostas de um candidato que me agrediu muito, inclusive as escolas olímpicas”, afirmou Boulos. “A ideia é integrar o esporte nas escolas municipais e oferecer uma alternativa de vida para os jovens.”
Na primeira entrevista após o primeiro turno, Marçal afirmou que Guilherme Boulos vencerá a eleição para a capital paulista. E mais: Quem é MEI também pode ter aposentadoria maior que o salário mínimo; saiba como. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação Band; Fontes: Folha de SP; UOL)