Bolsonaro vai ao Senado discutir eleição no Congresso e mantém esperança no ‘PL da Anistia’

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Em visita ao Senado nesta terça-feira (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a possibilidade de apoio da bancada do Partido Liberal (PL) a candidaturas para a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados em 2024. Segundo Bolsonaro, o PL não estabeleceu condições para apoiar nomes específicos, desmentindo rumores de que a anistia aos presos de 8 de janeiro teria sido colocada como requisito para alianças políticas.




“Não há condições para o apoio, e nem tratamos disso”, afirmou o ex-presidente após reunião com a bancada do PL no Senado. Bolsonaro também negou que a criação de uma comissão especial na Câmara para tramitar o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos prejudique a análise do tema. “O pessoal pretende trazer para cá, na comissão, os órfãos de pais vivos. Vocês vão ficar chocados”, disse ele, referindo-se ao impacto emocional dos atos para as famílias dos presos.

Apoio a Davi Alcolumbre
Durante a visita, Bolsonaro indicou que o cenário atual sugere apoio do PL no Senado ao nome de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Casa. Essa possível aliança marca uma mudança de postura, considerando que em 2023 o partido apoiou o senador Rogério Marinho (PL-RN) na corrida para o cargo, mas sem sucesso.




“Sabemos da força do Alcolumbre, ele deve ser o presidente no futuro. Em 23 jogamos com o [Rogério] Marinho. Perdemos. Estamos meio quase como zumbis aqui, com todo respeito à bancada do PL”, afirmou Bolsonaro, de acordo com reportagem da CNN.

O apoio a Alcolumbre já conta com declarações favoráveis de legendas como PP, PDT e PSB. Ainda assim, as bancadas do PL no Senado e na Câmara deverão se reunir nesta quarta-feira (30) para formalizar o posicionamento oficial do partido.

Posição na Câmara dos Deputados
Bolsonaro também abordou a situação na Câmara, onde nomes como Hugo Motta (Republicanos-PB), Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA) despontam como possíveis candidatos à sucessão de Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Casa. Embora tenha discutido com Motta, que já oficializou sua candidatura e conquistou o apoio de Lira, Bolsonaro afirmou que a escolha final caberá à bancada do PL na Câmara.




“Quem vai apoiar é a bancada da Câmara. Eu pessoalmente tenho um peso, mas não quero impor nenhum dos três nomes à bancada”, declarou Bolsonaro, reforçando que o PL terá autonomia para tomar a decisão final.

Reuniões para Deliberação
Para consolidar as decisões, o PL terá encontros nesta quarta-feira. Rogério Marinho confirmou que as bancadas do partido no Senado e na Câmara se reunirão para definir os apoios de maneira formal.




“Amanhã vamos ter uma nova reunião com a bancada, aí sim vamos tomar uma decisão em relação ao pleito tanto da presidência do Senado como amanhã deve ter também uma reunião da bancada dos deputados federais na sede do PL”, explicou Marinho, destacando o papel das lideranças partidárias nos processos internos.




Anistia ‘8 de Janeiro’
Na saída da reunião, Bolsonaro afirmou que várias negociações estão na mesa e defendeu enfaticamente a anistia aos acusados do ‘8 de janeiro’ de 2023 e a ele próprio, que está inelegível devido a duas decisões da Justiça Eleitoral.

“Foi um julgamento político [sua inelegibilidade] e estamos buscando maneiras de desfazer isso aí. A prioridade nossa é o pessoal que está preso, eu sou o segundo plano”, afirmou Bolsonaro.




Bolsonaro também disse ter conversado nesta segunda com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e apoiou a decisão do parlamentar de retirar da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e colocar em uma comissão especial o projeto de anistia aos participantes do 8 de janeiro. Indagado se se a comissão seria para “enterrar a anistia”, respondeu que “muito pelo contrário”.




“Não adianta aprovar por 200 a 0, ou 500 a 0 na comissão, se o dono da pauta para o plenário é o nosso Arthur Lira. Então Arthur Lira não está impondo nada para mim nem eu para ele. Em comum acordo, uma das alternativas foi a criação da comissão.. Vocês vão ficar chocados (com as pessoas ouvidas na comissão)”, disse o ex-presidente.

Segundo ele, se a comissão conseguir cumprir seus prazos, o tema pode ser votado ainda neste ano. Clique AQUI para assistir no Twitter! (Foto: Ag. Senado; Fontes: CNN; O Globo; Folha de SP)

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