O Tribunal de Justiça do Distrito Federal agendou para o dia 19 de julho uma audiência de conciliação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
Bolsonaro processou Boulos por danos morais, alegando que o deputado o responsabilizou pelo assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. No processo, o ex-presidente pede uma indenização de R$ 50 mil e exige uma retratação pública de Boulos nas redes sociais. A informação foi divulgada pelo jornal “Estado de S. Paulo”.
A ação judicial foi movida após os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão serem apontados, em delação do ex-PM Ronnie Lessa, como mandantes do assassinato de Marielle. Eles estão presos desde o fim de março, sob suspeita de envolvimento no crime.
Assinada pelos advogados Luciana Lauria Lopes e Diovane Franco Rodrigues, a ação lista cerca de vinte publicações no X (antigo Twitter) nas quais Boulos teria indicado Bolsonaro como mandante do crime.
Boulos tem criticado Bolsonaro desde a época do assassinato de Marielle, lembrando que o então deputado federal manteve silêncio sobre o crime, enquanto lideranças de todo o país prestavam solidariedade e exigiam justiça pela vereadora assassinada. Em um artigo publicado na revista “Carta Capital” em 2019, Boulos destacou que “o acusado de ter disparado os 13 tiros que mataram Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, era praticamente vizinho de porta de Jair Bolsonaro”.
A iniciativa de Bolsonaro ocorre em um contexto de acirramento político, já que ele é aliado do prefeito Ricardo Nunes (MDB), adversário de Boulos na disputa pela prefeitura de São Paulo em outubro. A corrida eleitoral tem sido marcada por diversas ações judiciais entre os pré-candidatos nas últimas semanas.
Nesta semana, a Justiça de São Paulo acatou uma ação de Guilherme Boulos contra Jair Bolsonaro (PL) e ordenou a remoção de uma publicação feita pelo ex-presidente no X. Na postagem, Bolsonaro compartilhou uma reportagem intitulada “Governo coloca em sigilo números de fugas em presídios brasileiros” e usou imagens do psolista junto ao presidente Lula.
No mesmo dia, a Justiça Eleitoral notificou a Meta, empresa responsável pelo Instagram e Facebook, para retirar do ar publicações de Boulos contra o prefeito Ricardo Nunes.
Nas postagens, Boulos insinua que o prefeito desviou R$ 3,5 bilhões da educação, o que poderia torná-lo inelegível. A 2ª Zona Eleitoral determinou que, caso a ordem não seja cumprida em até 48 horas, será aplicada uma multa diária de R$ 1 mil. E mais: Exército reduz número de armas que PMs podem ter em casa. Clique AQUI para ver. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Natanael Alves/PL; Fontes: CNN; O Globo)