A Black Friday de 2023, segundo apuração do jornal Valor Econômico, foi marcada por um desempenho considerado um fracasso, com quedas expressivas nas vendas online, representando o segundo pior resultado na história do evento. O veículo se baseou em um relatório parcial da Neotrust.
No período de quinta-feira (23) até as 23h59 desta sexta-feira, o comércio eletrônico registrou aproximadamente R$ 3,4 bilhões em vendas, indicando um recuo de 15,1% em relação a 2022, ano já caracterizado por uma receita inferior ao anterior, de acordo com dados divulgados pela Confi.Neotrust.
A Black Friday se tornou um importante evento do comércio brasileiro há 13 anos. O pior desempenho das vendas do período foi em 2022, quando a queda representou entre 23% a 34% no segmento online.
O gasto médio por compra na Black Friday de 2023 atingiu R$ 675,36, mantendo uma estabilidade em relação a 2022, com uma variação de apenas 0,1%. Os possíveis motivos para o desempenho ruim incluem o aumento do endividamento das famílias e descontos abaixo das expectativas dos consumidores.
Entretanto, enquanto o cenário é desafiador para muitos, o Mercado Livre (MELI34) e o Magalu (MGLU3) apresentam contrastes significativos. O Mercado Livre anunciou um crescimento anual impressionante de 80% nas vendas brutas (GMV) durante a Black Friday de 2023, marcando um recorde para a empresa.
Esses números parciais refletem um avanço de 39% em relação ao mesmo período de 2022, considerando o desempenho global de novembro até o momento. Para a Magalu, a Black Friday foi a mais rentável da empresa, conforme declarou o vice-presidente de negócios Eduardo Galanternick, apesar de a empresa ainda não ter divulgado oficialmente os resultados da Black Friday de 2023. Esses resultados surpreendentes de gigantes do comércio eletrônico indicam que, apesar dos desafios do cenário, alguns players conseguiram se destacar e obter resultados expressivos durante o evento.
Estados Unidos
Diferentemente das primeiras projeções para a Black Friday brasileira, os consumidores americanos surpreenderam ao gastar um valor recorde de US$ 9,8 bilhões em compras online, conforme divulgado pelo Adobe Analytics. Esse resultado representa um sinal positivo para os varejistas nos Estados Unidos, que enfrentam previsões de vendas fracas para a temporada de fim de ano. O forte apetite por eletrônicos, smartwatches, TVs e equipamentos de áudio contribuiu significativamente para impulsionar as vendas no comércio eletrônico, registrando um aumento de 7,5% em comparação com o ano anterior.
A estratégia de “compre agora e pague depois” (o parcelado) foi uma aposta popular entre os consumidores, registrando um crescimento notável de 72% em relação à semana anterior ao Dia de Ação de Graças. Essa abordagem permitiu que os consumidores ampliassem seus orçamentos, contribuindo para o sucesso das vendas online durante a Black Friday.
Os números expressivos nos Estados Unidos oferecem uma perspectiva otimista para os varejistas do país, indicando uma forte demanda e um comportamento de compra ativo por parte dos consumidores, especialmente em meio às incertezas econômicas. Esse cenário contrasta com as projeções mais contidas para a temporada de festas, destacando a resiliência e a adaptabilidade dos consumidores diante das mudanças nas práticas de compra.
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