A deputada Bia Kicis (PL-DF) foi eleita, nessa quarta-feira (15), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Ela recebeu 12 votos; houve ainda 2 votos em branco. Ela substituirá o ex-deputado Paulinho da Força (SP) no cargo. A escolha para as três vice-presidências do colegiado será realizada em outra data.
Kicis é a primeira mulher a presidir a comissão. “Não estamos aqui para fazer estardalhaço. Estamos aqui para fiscalizar, com responsabilidade. Queremos que o Brasil consiga andar na linha, com respeito ao ordenamento jurídico”, disse a deputada.
O PT fez o que pôde para barrar a indicação da deputada para a CFT porque ela é a responsável por fazer a fiscalização das ações do governo federal. Na legislatura passada, o PT perdeu outra queda de braço com ela, que presidiu a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), tida como a mais importante.
Em entrevista à Folha de São Paulo e em vídeo divulgado ao lado da influenciadora Zoe Martines (ex-Jovem Pan), ela elencou suas três prioridades: a transposição do Rio São Francisco, o BNDES, e os fundos de pensão.
Sobre a transposição, ela afirma ser importante saber como estão as obras e se há de fato deterioração, com comportas fechadas ou inoperantes. Já sobre os fundos de pensão, ela destaca preocupação com a Previ, cujo presidente, João Fukunaga, foi criticado por falta de experiência na área financeira e por pouco tempo de Banco do Brasil. “Nós queremos acompanhar tudo isso, porque tudo isso é dinheiro do pagador de impostos.” Assista abaixo!
Kicis está no segundo mandato de deputado federal. Na legislatura anterior, atuou como vice-líder do governo no Congresso Nacional e presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), onde também foi a primeira mulher a ocupar o cargo. A parlamentar é subprocuradora-geral do Distrito Federal aposentada.
O que faz a comissão
Entre outros temas, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle debate e vota iniciativas relacionadas ao acompanhamento e à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial na administração federal em geral, bem como representações e relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU).