O Banco Central comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (5) que cumpriu a ordem de bloqueio das contas bancárias e ativos financeiros da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
A decisão foi autorizada um dia antes por Alexandre de Moraes, após a expedição do mandado de prisão da parlamentar, que deixou o Brasil poucas semanas depois de ser condenada a 10 anos de prisão pelo ataque ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
Segundo o BC, o bloqueio foi repassado a todas as instituições financeiras do país. A ordem abrange transferências via Pix, uso de cartões de crédito, fundos de investimento, previdência privada, cartas de consórcio, além de ouro e criptomoedas.
A medida atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que entende que Zambelli saiu do país para driblar a execução da pena. A deputada alegou, em entrevista a uma rádio paulista na última terça-feira (3), que deixou o Brasil para realizar um tratamento de saúde, e anunciou que pedirá licença do mandato.
A assessoria da parlamentar informou que ela chegou a Roma, na Itália, nesta quinta-feira, após uma passagem pelos Estados Unidos. Como tem dupla cidadania, Zambelli pretende permanecer em solo europeu.
Diante da fuga, Moraes também determinou a abertura de um novo inquérito, que vai apurar se a deputada cometeu os crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação.
Para o ministro, Zambelli estaria tentando adotar o “mesmo modus operandi” de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), investigado por buscar apoio do governo dos EUA contra autoridades brasileiras.
Com a revelação de sua saída do país, o advogado Daniel Bialski deixou a defesa da deputada. Moraes determinou que a Defensoria Pública da União (DPU) assuma a representação jurídica dela. E mais: Bolsonaro nega envio de Pix a Carla Zambelli. Clique AQUI para ver. (Fonte e foto: EBC)