Com queda de 24%, banco ‘Credit Suisse’ derruba bolsas na Europa

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O receio de uma crise global no sistema bancário, com o derretimento das ações do Credit Suisse poucos dias após a falência de dois bancos nos Estados Unidos, derrubou as principais bolsas da Europa nesta quarta-feira (15).

Assim, o Banco Central suíço prometeu correr para garantir liquidez ao Credit Suisse em uma medida sem precedentes de um banco central do país depois que as ações do principal credor suíço caíram até 30% na quarta-feira.

Em uma declaração conjunta, o regulador financeiro suíço FINMA e o banco central do país procuraram aliviar os temores dos investidores em relação ao Credit Suisse, dizendo que “atende aos requisitos de capital e liquidez impostos a bancos sistemicamente importantes”. Eles disseram que o banco poderia acessar a liquidez do banco central, se necessário.

As ações do Credit Suisse fecharam em queda de 24,2% na Bolsa de Valores de Zurique, negociadas a 1,697 franco suíço (cerca de R$ 9,70), o pior resultado já registrado pelo banco. Durante a sessão, o tombo alcançou 30%.

Como consequência, ações europeias registraram seu pior desempenho em mais de um ano. O índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de quase 3%, aos 436,45 pontos. Os papéis ligados ao setor bancário tombaram 7,1%, a maior perda diária dos últimos 12 meses.

Em Londres, o índice Financial Times caiu 3,83%, a 7,3 mil pontos. Em Frankfurt, o índice DAX teve perdas de 3,58%, aos 6,8 mil pontos. Em Milão, o FTSE cedeu 4,61%, aos 25,5 mil pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 fechou o dia em queda de 4,37%, aos 8,7 mil pontos. Em Lisboa, o PSI20 registou uma desvalorização de 2,77%, aos 5,8 mil pontos.

Ontem (14), o Credit Suisse informou ter identificado “fragilidades materiais” em seus relatórios financeiros dos últimos dois anos.
Com a notícia, as ações do Credit Suisse derreteram após o principal acionista da instituição financeira, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, afastar a possibilidade de fazer aportes no banco, que passa por grave crise.

“A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples, que é regulatória e estatutária”, afirmou o presidente do SNB, Ammar Al Khudairy, em entrevista à Bloomberg.


Fontes: Metrópoles; Reuters; Bloomberg
Foto: reprodução logo

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