A Azul anunciou um acordo com arrendadores de seus aviões para prolongar sua dívida para 2030, afastando o risco de uma recuperação judicial que era o grande temor do mercado no início desta semana.
O acordo, que contempla 90% das dívidas da empresa com leasing de aeronaves, vai gerar uma economia de caixa de R$ 3 bilhões só este ano, segundo o CFO Alex Malfitani. Os arrendadores por sua vez representam 80% da dívida bruta da companhia aérea.
A empresa vinha negociando dívidas acumuladas no últimos anos e, só em 2023 precisa pagar R$ 3,8 bilhões aos arrendadores de aviões e R$ 700 milhões aos bancos, segundo fontes do mercado.
Do total devido, R$ 3,2 bilhões são referentes ao aluguel anual das aeronaves e R$ 600 milhões ao valor postergado durante a pandemia. Em troca, disse a empresa, os arrendadores receberão um título de dívida negociável com vencimento em 2030 e ações precificadas de forma a refletir a nova geração de caixa da Azul, sua melhor estrutura de capital e a redução em seu risco de crédito.
A Azul é uma companhia aérea brasileira fundada e homologada em 2008 por David Neeleman. Tem capital aberto na bolsa de valores brasileira, com o ticker AZUL4.
Em 2014, foi considerada a terceira maior companhia aérea do Brasil em número de passageiros, sendo atualmente a 4ª. Seus principais centros de operações são os aeroportos de Viracopos, Confins, Guarulhos, Recife e Cuiabá. A sede administrativa da companhia fica no bairro de Alphaville, na região da Grande São Paulo. Possui 14 mil funcionários. E clique AQUI para ver vagas de emprego na Azul.