Preço das carnes registra maior aumento desde 2020

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De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE, os preços das carnes tiveram um aumento médio de 2,97% em setembro, marcando o maior avanço desde dezembro de 2020, quando a elevação foi de 3,58% em um único mês.

O contra-filé foi o corte que mais encareceu entre agosto e setembro, registrando alta de 3,79%. Na sequência, destacam-se a carne de porco, o patinho e a costela, todos com aumentos próximos a 3%.

Nos primeiros seis meses do ano, o preço das carnes estava mais acessível para o consumidor devido à maior oferta no mercado, resultado do aumento no número de abates no período, como explica André Almeida, gerente do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.



A inflação do país acelerou para 0,44% em setembro, subindo 0,46 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (-0,02%). O resultado foi influenciado pelas altas no grupo Habitação (1,80%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, e no grupo Alimentação e bebidas (0,50%), que subiu após dois meses consecutivos de quedas.

No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (9) pelo IBGE.



O gerente da pesquisa, André Almeida, destaca a influência da bandeira tarifária da energia elétrica residencial nos resultados do grupo Habitação.

“A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta. A bandeira vermelha patamar um acrescenta R$4,46 aproximadamente a cada 100kwh consumidos”, explica. O item exerceu impacto de 0,21 p.p. no índice geral de setembro.

O grupo de Alimentação e bebidas registrou alta de 0,50%, com aumento de preços na alimentação no domicílio (0,56%), após dois meses seguidos de recuos. André salienta que esse resultado foi influenciado, em grande parte, pelo aumento nos preços da carne bovina e de algumas frutas, como laranja, limão e mamão.



“Falando especificamente das carnes, a forte estiagem e o clima seco foram fatores que contribuíram para a diminuição da oferta. É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates. Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática”, analisa o gerente.

A alimentação fora do domicílio, com alta de 0,34%, registrou variação próxima à de agosto (0,33%). O subitem refeição desacelerou de 0,44% para 0,18%, enquanto o lanche acelerou de 0,11% para 0,67%.
Por outro lado, a queda mais intensa (-0,31%) e com maior impacto (-0,03 p.p.) em setembro veio de Despesas pessoais. O subitem cinema, teatro e concertos registrou queda de 8,75% e impacto de -0,04 p.p. no índice geral.



“Em setembro, ocorreu a semana do cinema, uma campanha nacional em que diversas redes ao redor do país praticaram preços promocionais ao longo de uma semana. Essas promoções contribuíram para a queda de mais de 8% neste subitem”, explica André. E mais: Malafaia revela que conversou com Bolsonaro e diz qual foi reação do ex-presidente. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: O Globo; IBGE)

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