Um homem armado matou três pessoas em um centro cultural curdo e em um café curdo no centro de Paris nesta sexta-feira (23). O assassinato provocou protestos violentos nas ruas próximas ao cair da noite.
O presidente francês Emmanuel Macron disse que a comunidade curda da França foi alvo de um ataque hediondo. O ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, disse que o agressor claramente pretendia atingir imigrantes.
Vários tiros foram disparados na Rue d’Enghien por volta do meio-dia, criando pânico em uma rua repleta de pequenas lojas e cafés no movimentado 10º distrito da capital francesa.
Todos os três mortos eram curdos. Além das vítimas fatais, três outras pessoas ficaram feridas, uma delas com ferimentos graves.
A polícia de choque disparou gás lacrimogêneo no começo da noite para afastar uma multidão enfurecida reunida a uma curta distância do local do tiroteio, enquanto projéteis eram lançados contra policiais, latas de lixo e mesas de restaurante viradas e carros danificados.
🚨França 🇫🇷: Em Paris a polícia e a comunidade Curda entraram em confronto
Os Curdos fazem um protesto após um homem atirar e matar 3 pessoas em uma área da cidade onde reside a comunidade Curda, nesta sexta (23)
A polícia tenta sem sucesso (até o momento) restabelecer a ordem. pic.twitter.com/t5DhYeuN0k
— Ivan Kleber (@lordivan22) December 23, 2022
As autoridades disseram ter prendido um homem de 69 anos, que a promotora de Paris, Laure Beccuau, disse ter sido recentemente libertada da prisão enquanto aguardava julgamento por um ataque com sabre em um campo de imigrantes em Paris há um ano. Ele foi condenado em junho por cometer atos violentos com arma de fogo em 2016 e entrou com recurso.
Segundo reportagem do jornal francês Le Monde, o pai do agressor descreveu o perfil do filho: “Ele ficou calado, como dizem. (…) Ele era muito retraído. Ele não vivia como todo mundo ”, disse o pai do suspeito à Agence France-Presse. “Esta manhã, ele não disse nada quando saiu (…). Ele teve que planejar a coisa dele sozinho”, completou o nonagenário.
O suspeito, maquinista aposentado de nacionalidade francesa, tinha voltado a viver com os pais, em Paris, após a sua libertação condicional em 12 de dezembro. Uma busca está em andamento na casa deles.
Os líderes curdos pediram uma melhor proteção para sua comunidade, um tema para os curdos na França desde os assassinatos de três mulheres curdas, uma década atrás. “Os curdos, onde quer que vivam, devem poder viver em paz e segurança”, disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, no Twitter. “Agora, mais do que nunca, Paris está ao lado deles nestes tempos sombrios.”
E veja também: Presidente Bolsonaro assina indulto de Natal com perdão a militares e policiais. Clique AQUI para ver.
APOIO!
Pix: Você pode nos ajudar fazendo um PIX de qualquer valor.
Nossa chave de acesso é direitaonlineoficial@gmail.com | Banco Santander
