Um dos maiores asteroides já monitorados, o 424482 (2008 DG5), passou com segurança pela Terra na última quinta-feira (5).
A rocha espacial tem entre 310 e 690 metros de diâmetro, tamanho que a coloca entre os maiores objetos do tipo já identificados, de acordo com dados do SpaceReference.org.
Mesmo com essa dimensão impressionante, a aproximação não representou perigo, já que o asteroide cruzou o espaço a cerca de 3,49 milhões de quilômetros da Terra — aproximadamente nove vezes a distância entre a Terra e a Lua.
Entretanto, a Agência Espacial Europeia (ESA) considerou o evento “incomum”. Isso porque, para objetos com mais de 150 metros de diâmetro, qualquer aproximação inferior a 7,4 milhões de quilômetros é tratada com cautela. A NASA classifica o 2008 DG5 como um “objeto potencialmente perigoso” por conta dessa combinação de tamanho e trajetória.
O asteroide pertence à classe Apollo, grupo de corpos celestes cuja órbita se cruza com a da Terra. Ele leva 514 dias para completar uma volta ao redor do Sol.
Foi descoberto em 2008 pelo Catalina Sky Survey, projeto da NASA localizado no Arizona, voltado para a detecção de objetos próximos à Terra. Segundo o site Space Reference, a primeira passagem registrada do 2008 DG5 foi em 1956. Depois da visita desta semana, outras aproximações relevantes estão previstas para 2032 e 2184, somando pelo menos 15 eventos do tipo.
Caso um asteroide como o 2008 DG5 colidisse com a Terra, os danos seriam consideráveis, em especial em nível regional. Ondas de choque e tsunamis estariam entre os possíveis efeitos.
Para comparar, o chamado “Evento de Tunguska”, que ocorreu na Sibéria em 1908, foi provocado por um objeto de apenas 40 metros.
A explosão, a cerca de 10 quilômetros de altitude, derrubou cerca de 80 milhões de árvores em uma área de 2 mil quilômetros quadrados. Já o impacto do asteroide de Chicxulub, ligado à extinção dos dinossauros, envolveu um corpo celeste de até 15 quilômetros de diâmetro.
Atualmente, a NASA disponibiliza uma plataforma digital interativa para acompanhar asteroides e cometas em tempo real. O sistema exibe a localização precisa de milhares de objetos, as próximas aproximações previstas e ainda permite explorar missões passadas e futuras.
A ferramenta é abastecida por dados do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), parte do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), e auxilia o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da agência. E mais: Folha de SP elogia voto de Mendonça sobre regulação das redes. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: Forbes; Olhar Digital)